A greve dos servidores da Seguridade Social está a todo vapor. Nesta quinta, 21, a paralisação completou quatro dias na sede do Ministério da Saúde (MS), em Brasília. Desde o começo desta semana, tanto o edifício-sede quanto o anexo do MS estão com as entradas bloqueadas pelos trabalhadores. Os servidores dos ministérios do Trabalho (MTE) e da Previdência Social (MPS) também estão mobilizados e fazem piquete na entrada do prédio, na Esplanada dos Ministérios.
FONTE: FENASPS
GREVE GERAL
Os servidores dos Ministérios da Saúde, do Desenvolvimento Agrário (MDA), do Trabalho e Emprego (MTE), da Previdência Social (MPS), Funasa, Incra e Arquivo Nacional estão em greve. Servidores do Ministério da Justiça também aderiram à greve nacional. Ao longo desta semana, servidores de outros órgãos devem se reunir para aderir ao movimento, que tem como mote reajuste salarial ainda este ano. Também estão de braços cruzados os professores das universidades federais, servidores de apoio e também os funcionários das escolas e institutos técnicos federais.
PARALISAÇÃO PODE CHEGAR A 90%
O movimento grevista dos servidores públicos federais deve chegar ao auge por volta do dia 26, com a paralisação de 90% dos trabalhadores. A informação é do diretor-executivo da CUT, Pedro Armengol, coordenador do setor público na central sindical e dirigente também da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef). Na opinião do sindicalista, a decisão da categoria por greve geral é reflexo de “desgaste” na negociação com o governo. “É preocupante a qualidade da interlocução com o Governo Federal”, afirmou. A greve foi aprovada no início do mês por mais de 300 representantes sindicais de 20 estados, durante assembleia da categoria em Brasília. Após 120 dias de negociações, sem avanços, Armengol critica exigências dos representantes do governo de não negociar durante a greve.
REAJUSTE, CONCURSOS, DATA-BASE...
Além de reajuste salarial, os servidores públicos federais de diversos setores cobram a reestruturação das carreiras antes da realização de novos concursos públicos e protestam contra a Medida Provisória 568, de 2012, em tramitação no Congresso Nacional, que propõe mudança no cálculo dos adicionais de insalubridade e de periculosidade, além de alterar a carga horária de médicos e outras categorias que possuem jornada estabelecida em lei. A categoria reclama ainda a falta de definição de uma data-base.
SÓ EM 2014
O governo, por sua vez, aponta o baixo crescimento da economia e as distorções entre as carreiras como justificativa para a injustiça contra setores do funcionalismo público. Já concluiu que não haverá recursos no Orçamento de 2013 para bancar aumentos generalizados, como o esperado e, por isso, pretende empurrar os reajustes para 2014, uma vez que uma das prioridades da proposta orçamentária em elaboração é aumentar os investimentos públicos para fazer rodar a economia mais rapidamente.
JUDICIÁRIO PARA POR 24 HORAS
Quem também cruza os braços essa semana é o pessoal do Judiciário. Amanhã, fazem paralisação de 24 horas. Querem a aprovação do PL 6.613, que desde 2009 está no Congresso Nacional à espera de aprovação. De acordo com o projeto, o vencimento básico do analista judiciário no início de carreira será de R$ 6.855,73 e, no final de carreira, de R$ 10.883,07. A esse valor é acrescida a Gratificação Judiciária (GAJ), que corresponde a 50% do vencimento básico do servidor, além de vantagens pecuniárias. Somadas as gratificações, a remuneração inicial do analista judiciário passará dos atuais R$ 6 mil para cerca de R$ 10 mil. A remuneração do mesmo cargo em final de carreira vai de R$ 10 mil para cerca de R$ 16 mil.
Dia 28 de junho as carreiras típicas de Estado farão Mobilização na Esplanada dos Ministérios
No próximo dia 28, quinta-feira, integrantes das carreiras que compõem a União das Entidades Representantes das Carreiras de Estado, dentre elas a Auditoria-Fiscal do Trabalho representada pelo Sinait, realizarão uma grande manifestação na frente do Ministério do Planejamento, às 14 horas, reivindicando o atendimento da pauta reivindicatória entregue ao governo, que até o momento não apresentou nenhuma contra proposta.
Fonte: http://www.sinait.org.br/noticias_ver.php?id=5654
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