sexta-feira, 8 de junho de 2012

Para consolidar o Serviço Social na Política da Educação


Além de aprofundar os debates e qualificar a atuação do/a assistente social, evento reforçou a defesa de Educação coerente com o Projeto ético-político

"Uma reflexão aprofundada sobre a Educação a partir do Projeto ético-político do/a assistente social e uma contribuição imensurável à luta por uma Educação emancipadora". Esta é apenas uma das inúmeras análises positivas recebidas pelo Seminário Nacional de Serviço Social na Educação, que terminou nesta terça-feira, 5 de junho, no Centro de Convenções de Maceió (AL). 

O professor Ney apresentou a sistematização do processo e dos resultados das discussões realizadas regionalmente em março de 2012 pelos CRESS, problematizando-a frente ao documento "Subsídios para o debate sobre Serviço Social na Educação" e às contribuições advindas dos grupos realizados nos dia anterior. Ele ressaltou a importância dos debates nos 24 eventos regionais que precederam o seminário nacional, que, segundo ele, reuniram ao todo mais de 3 mil participantes. "Foi interessante perceber o avanço da utilização da referência da concepção marxista, se comparado com os levantamentos iniciais dos estudos sobre a profissão no campo da Educação", assinalou. 

Segundo ele, as estratégias apontadas nos debates situam, particularmente, "para a dimensão política do trabalho do/a assistente social, sublinhando a necessidade de ações articuladas com os movimentos sociais, com os demais sujeitos profissionais, sujeitos políticos e instâncias de controle social". O professor da UERJ apontou também as requisições feitas aos/às assistentes sociais, como a implantação de rotinas para verificação das condições socioeconômicas e a realização de ações institucionais para assegurar condições de acesso a direitos.Por último, Ney listou os principais desafios elencados no debates, como a relação com os/as profissionais da educação, a construção de um trabalho interdisciplinar e aspectos relacionados ao modo como a política educacional enfrenta seus problemas sem articulação com as demais políticas sociais. "Estamos mais próximos do que os/as assistentes sociais pensam e fazem na área de Educação". 

Já a conselheira do CFESS Rosa Prédes fez uma abordagem dos principais desafios em relação à consolidação do Projeto ético-político profissional no tocante às atribuições e competências dos/as assistentes sociais na Política de Educação, também baseada nos debates e documentos elaborados até então sobre o tema. Ela afirmou que o exercício profissional e sua autonomia são marcados por condições objetivas contraditórias, listando a dimensão técnica, a dimensão ético-política e a dimensão teórica. 

Rosa Prédes falou também sobre o acervo técnico-operativo utilizado pelos/as assistentes sociais, pontuando aqueles de caráter individual com os/as usuários/as, de caráter coletivo, de caráter administrativo-organizacional (gestão, planejamento, coordenação, supervisão e monitoramento), e de formação profissional, capacitação e pesquisa (supervisão de estágio) e também sobre o conteúdo e direção ético-político das ações profissionais. "Na sociedade capitalista, a intervenção institucional é sempre uma resposta incompleta aos conflitos da realidade. Os limites são dados pela desigualdade social e as possibilidades dadas pela noção de direitos sociais conquistados através de reivindicações. Eis o espaço contraditório para a ação dos/as profissionais", finalizou a conselheira do CFESS, ovacionada pela plateia.


Também ao final do evento foram aprovadas moções, como as de apoio ao movimento grevista das universidades federais e a de defesa das 30 horas.


O CFESS está estudando a possibilidade de disponibilizar as palestras no YouTube. Os vídeos gravados serão enviados aos CRESS em breve.

Para ler

Relembre
Fonte: Conselho Federal de Serviço Social - CFESS

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