Funcionários da Casa Abrigo do Lago Sul são demitidos
Cerca de 30 pessoas que trabalham na Casa Abrigo do Lago Sul foram demitidas nesta segunda-feira (30/11). Segundo a agente social Valéria Gomes Martins os funcionários do local, não receberam aviso prévio, e já avisaram a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM) e o Ministério Público que a Casa não tem como receber mais nenhuma mulher em situação de risco, já que ficará sem funcionários.
O motivo das demissões, segundo explica a Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania do Distrito Federal (Sejus), é que esses funcionários não são concursados, e estavam com o contrato vencido ha um ano, ou seja, trabalhavam irregularmente. A Sejus afirma que a Casa Abrigo não ficará sem servidores e que gradualmente os demitidos serão substituidos pelos concursados, à medida que estes tomem posse.
Mas a agente social Valéria afirma que no local estão somente um segurança e um policial militar. "Nós trabalhamos nesta terça-feira (1°/12) somente até as 12h, porque a diretora nos pediu", explica.
Casa Abrigo
A Casa Abrigo recebe vítimas que correm perigo de sofrer novas agressões, e é a única instituição que presta esse tipo de serviço no Distrito Federal. Hoje tem cerca de 40 vítimas - entre mulheres e crianças- que moram no local.
Na Casa Abrigo, as mulheres recebem capacitação para que possam atuar no mercado de trabalho. Além dos cursos profissionalizantes, a Casa Abrigo conta com apoio de psicólogos e professores. Caso a mulher tenha filhos, as crianças acompanham a mãe e são encaminhadas para estudar em escolas próximas do local.
A mulher tem o prazo de três meses para permanecer no abrigo. Esse é o tempo necessário para que o conselho dê entrada nos documentos essenciais para que ela possa voltar à sociedade. Com isso, a mulher pode pedir separação judicial e pensão alimentícia. Mirta Brasil lembra que a desinformação é uma das principais causas para a violência doméstica.
FONTE: CORREIOWEB
Publicação: 01/12/2009 20:08 Atualização: 01/12/2009 20:09
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