Gestores e servidores do sistema socioeducativo, da Secretaria de Saúde e do poder Judiciário reuniram-se nesta quarta-feira (10) para discutir a saúde sexual de adolescentes privados de liberdade. O evento deve resultar na produção de um documento com diretrizes para a implementação de ações voltadas à qualificação da atenção à saúde e aos direitos sexuais e reprodutivos desses adolescentes.
O I Fórum de Discussão Sobre a Saúde Sexual e Reprodutiva de Adolescentes Privados de Liberdade do Distrito Federal foi realizado no auditório Tom Jobim do Parlamundi – LBV (SGAS, 915) e teve a participação também de representantes da sociedade civil e das instituições de ensino superior.
Na abertura do evento, a diretora de Atenção Primária à Saúde da SES, Fatima Amaral, ressaltou a importância da discussão da sexualidade dos adolescentes privados de liberdade com a participação dos vários segmentos envolvidos com o tema. Já para a chefe do Núcleo de Atenção Integral à Saúde do Adolescente, Denise O’Campos, a realização do fórum é um marco histórico pois coloca em discussão um tema polêmico, mas que precisa ser regulamentado.
A programação do fórum, sob a coordenação do Grupo Gestor do Plano Operativo Estadual de Atenção Integral à Saúde de Adolescentes em Conflito com a Lei, em Regime de Internação e Internação Provisória do Distrito Federal (GGPOE-DF), teve mesas redondas e grupos de trabalho com foco na saúde sexual e saúde reprodutiva desses adolescentes.
O fórum discutiu os direitos sexuais e reprodutivos de adolescentes em privação de liberdade para propor um documento com diretrizes de promoção, prevenção e assistência nas unidades socioeducativas de internação e internação provisória, baseado nas diretrizes do Estatuto da Criança e do adolescente (ECA), Ministério da Saúde e Sistema Nacional Socioeducativo (Sinase).
De acordo com os técnicos da área, abordar o tema da sexualidade na adolescência é de fundamental importância, pois é nesse momento da vida que a sexualidade tem uma dimensão especial, ocorrendo profundas transformações biológicas, psicológicas e sociais. É nesse período, caracterizado pela maturação sexual e desenvolvimento da capacidade reprodutiva no ser humano, que surgem inúmeras dúvidas quanto às mudanças corporais e psicológicas, emocionais e quando ocorrem as primeiras experiências sexuais.
Adolescentes são pessoas com direito ao acesso às ações e serviços de saúde, que sejam capazes de auxiliá-los a lidar com a sexualidade de forma positiva e responsável, além de incentivá-los a adotar comportamentos de prevenção e de cuidado pessoal.
Fonte: Celi Gomes - SES/DF
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