"O auxílio-doença é um direito de todo trabalhador segurado pelo INSS. Dependência química é uma dessas doenças."
http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2011/09/viciados-que-estao-tratamento-usam-auxilio-doenca-para-sustentar-vicio.html
Uma Janela Aberta para Participação, Integração, Troca de Experiências Profissionais e Oportunidades aos Assistentes Sociais! "...NÓS PODEMOS MAIS. VAMOS LÁ FAZER O QUE SERÁ!" Gestão 2008-2011
O Conselho Nacional de Saúde (CNS), a Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde do Ministério da Saúde (SGTES/MS) e a Secretaria de Ensino Superior do Ministério da Educação (SESU/MEC) realizam o IV Seminário Nacional sobre Residência Multiprofissional e em Área Profissional da Saúde nos próximos dias, 29 e 30 de setembro de 2011, em Brasília.
A ideia é discutir a concepção político-pedagógica dos programas de residência multiprofissional e em área profissional da saúde, assim como, a gestão e a política de financiamento dos mesmos. As residências multiprofissionais e em área profissional da saúde buscam atender as necessidades locais e regionais e abrangem as mais variadas profissões da área como Biomedicina, Ciências Biológicas, Educação Física, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Medicina Veterinária, Nutrição, Odontologia, Psicologia, Serviço Social e Terapia Ocupacional.
A Lei 11.129 de 2005 regulamentou a área e instituiu a Comissão Nacional de Residência Multiprofissional (CNRMS), que trabalha para adequar questões referentes ao credenciamento e avaliação dos programas, além de registrar certificados da área que tenham validade nacional, entre outros aspectos. Os debates durante o Seminário pretendem subsidiar a elaboração de uma proposta contendo diretrizes para a qualificação e consolidação dos Programas de Residência Multiprofissional e em Área Profissional da Saúde.
Maiores informações no link: http://conselho.saude.gov.br/web_srms/index.html
Para isso, citamos o artigo da Profa. Luciana Jaccoud, constante no Caderno de Textos da VI Conferência Nacional de Assistência Social, que representa a posição deste Conselho:
A garantia de segurança de renda à população pela assistência social, assim como a trajetória recente do BPC e do PBF, tem sido questionada no debate público sobre as políticas sociais a partir de vários aspectos. Quanto ao BPC, alguns estudiosos se opõem ao fato de que mais de 80% dos recursos do Fundo Nacional da assistência social – FNAS vêm sendo destinados ao pagamento do BPC e do RMV. Outros criticam a existência destes programas por seu caráter não-contributivo. Certos analistas afirmam que há uma injustiça social no fato destes benefícios estarem vinculados ao valor de um salário-mínimo. Quanto ao PBF, alega-se que sua natureza seria desincitadora do trabalho, promotora de preguiça e indolência, contra o que exige-se a organização das chamadas “portas de saída” e a estipulação de um tempo máximo de acesso ao benefício.
A critica à existência de programas não-contributivos de transferência de renda se expressa, no que diz respeito ao PBF, em demandas por “portas de saída” e pelo estabelecimento de tempo máximo de acesso ao benefício. A promoção de oportunidades para essas famílias ampliarem suas estratégias de superação de vulnerabilidades faz parte das obrigações de um Estado voltado à promoção do bem-estar.
"Nesta semana em que acompanhamos debates no Congresso envolvendo: Verbas para a Saúde – Prorrogação da DRU – vimos que foi citado o financiamento da Seguridade Social, conforme trecho publicado em nosso último boletim, que repetimos:
“Incidência da DRU O deputado Pauderney Avelino (DEM-AM) comentou a recente apensação da PEC 75/11, do deputado Paulo Rubem Santiago (PDT-PE), que exclui da incidência da DRU a arrecadação das contribuições sociais que se destinam ao financiamento da seguridade social, que englobam ações de previdência, saúde e assistência social. Contrario à prorrogação da DRU, Avelino afirmou que a PEC 75: “dá apenas um lustre na evidente inconstitucionalidade da PEC 61/11”. “Penso que a PEC do deputado Paulo Rubem Santiago traz uma inovação louvável, ao impedir a incidência da DRU nas receitas da seguridade social, mas ainda assim considero injustificável prorrogar esse mecanismo”, afirmou.
O episódio nos levou à década de 90, quando um abnegado grupo decidiu lutar para defender o sistema de Seguridade Social criado na Constituição de 1988 e que até hoje não foi consolidado nas ações governamentais, muito pelo contrário, continua sofrendo sucessivos ataques. Queremos falar de alguns personagens daquele grupo e nada melhor do que recordarmos dois artigos de um deles – Álvaro Solon de França – de volta à Presidência do Conselho Executivo da ANFIP e, como tal, assíduo frequentador de todos os eventos onde se debate Justiça Social."
Fonte: http://fapems.wordpress.com/2011/09/26/seguridade-social-e-defendida-no-debate-da-dru/
Com informações do boletim A Frente.
Ministra diz que DRU não reduz recursos destinados à seguridade social
11/10/2011
A ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, garante que a Desvinculação de Receitas da União (DRU) não reduz os recursos destinados à seguridade social. A afirmação foi feita hoje (11) durante audiência pública na Câmara dos Deputados, onde defendeu a prorrogação da DRU. Na oportunidade, a ministra destacou a importância dessa ferramenta para a manutenção do processo de crescimento da economia brasileira.
A DRU permite que o governo defina livremente a destinação de 20% do orçamento. As discussões na Câmara visam a analisar sua prorrogação até o final de 2015. “Se não houver desvinculação, uma série de investimentos serão prejudicados. A DRU não reduz recursos da seguridade. Os recursos vinculados à seguridade social são menores do que o déficit da seguridade. Ou seja: é necessário aporte de recursos do Orçamento fiscal. A DRU apenas permite [que o governo federal tenha] maior flexibilidade na alocação para importantes políticas públicas do país”, disse a ministra.
Para Miriam, uma série de investimentos e políticas públicas necessárias para a continuidade do crescimento do país seria prejudicada com o fim da DRU. Entre elas, citou a ministra, estão os recursos previstos para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Minha Casa, Minha Vida, e o Brasil Sem Miséria.
“A DRU nos permite flexibilizar a alocação de recursos para realizarmos os investimentos necessários para garantir a continuidade do crescimento do país. Hoje, 82% das receitas são vinculadas. Considerando as despesas obrigatórias, 89% da receita têm destinação previamente estabelecida”, argumentou a ministra. “O país cresce e por isso precisa investir em infraestrutura para dar sustentação a esse crescimento”, acrescentou.
Fonte: Agência Brasil
A secretária de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda, Arlete Sampaio, ressaltou a importância da pesquisa como subsídio para construção da Política para inclusão social da população em situação de rua no DF. “Essa pesquisa desmente a tese de que a maioria da população em situação de rua está em drogadição. São pessoas que estão nessa situação por quebra de vínculos familiares – 23,3%. Por isso a importância dos serviços de convivência e fortalecimento de vínculos oferecidos pela SEDEST. Nesse sentido vamos entregar ao DF três Centros de Referência Especializados em população em situação de rua (CRE Pop), um no Plano Piloto e outros dois nas cidades de Taguatinga e Ceilândia, lugares de maior concentração de pessoas nessas condições”, declarou a secretária.
A pesquisa tem como objetivos o levantamento censitário da população em situação de rua, identificação das causas que a levou às ruas, levantamento de entidades que interagem com esse público e a promoção de articulações.
“Aqui no DF, a população em situação de rua precisa se esconder porque Brasília é patrimônio da humanidade, não sendo permitido que as pessoas ocupem os centros da cidade. Talvez isto explique, em parte, o grande preconceito com essa população aqui no DF: não querem que ela seja visível. Incomoda enxergar que, na capital do Brasil, haja população em situação de rua”, disse a professora Camila.
Também estiveram presentes à reunião a Defensoria Pública do DF, o Movimento de População de Rua, o Fórum Permanente da População em Situação de Rua do DF, catadores de materiais recicláveis, secretarias de Estado de Saúde, de Justiça e Cidadania, de Trabalho, de Governo, educadores e agentes sociais da SEDEST.
Fonte: http://www.sedest.df.gov.br/
Fonte: Conselho Federal de Serviço Social - CFESS
22/09/2011 10:00
Prefeituras e organizações da sociedade civil com projetos que contribuam para alcançar as metas estabelecidas pela ONU têm até 31 de outubro para se inscrever na premiação promovida pelo Governo Federal
O Ministério da Saúde convocou nesta quarta-feira (21) 55 profissionais de saúde aprovados no processo seletivo simplificado, realizado pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa), em 2010. Os profissionais de nível superior irão recompor a força de trabalho em diversos Distritos Sanitários Especiais de Saúde Indígena (DSEI) da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai). A convocação é imediata e integra o projeto de Reestruturação e Qualificação da Atenção à Saúde Indígena no país.
A chegada do grupo ajudará no fortalecimento da rede de atenção do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena. Eles serão lotados na sede da Sesai em Brasília e em vagas remanescentes nos seguintes DSEIs: Amapá e Norte do Pará, Bahia, Litoral Sul (SP, RJ e PR), Interior Sul (SC e RS) Alagoas/Sergipe, Guamá/Tocantins, Minas Gerais/Espírito Santo, Alto Rio Juruá, Alto Rio Negro, Alto Rio Purus, Alto Rio Solimões, Kayapó (MT), Mato Grosso do Sul, Kayapó (PA), Médio Rio Purus, Médio Rio Solimões, Xingu, Rio Tapajós, Vale do Javari, Yanomami, Cuiabá, Manaus, Parintins, Pernambuco e Xavante.
Entre os profissionais convocados estão assistentes sociais, antropólogos, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos e farmacêuticos. “Esses profissionais são um reforço à Sesai e aos DSEI, na perspectiva da estruturação dos distritos como unidades gestoras autônomas”, explicou o Secretário Especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Antônio Alves de Souza.
De acordo com o Edital nº 18/SE/MS, publicado no Diário Oficial da União de 21 de setembro, os 55 candidatos serão convocados para contratação por meio de telegrama, que será enviado para o endereço indicado no formulário de inscrição. Se o candidato não se pronunciar no prazo de dez dias úteis, contados a partir do recebimento da correspondência, será excluído do processo seletivo. Os profissionais deverão comparecer ao endereço do DSEI, conforme o edital, das 9h às 17h.
A remuneração para os cargos de nível superior varia de R$ 4,2 mil a R$ 12 mil, conformedecreto nº 7.395, de 22/12/2010. Esta norma estabelece a remuneração para as contratações temporárias voltadas às atividades de assistência à saúde para comunidades indígenas, de que trata a Lei no 8.745, de 9 de dezembro de 1993. Os candidatos aprovados serão contratados pelo prazo de um ano, prorrogável por mais um ano, conforme o previsto na Lei nº 8.745/93.
CONCURSO – No total, foram autorizadas pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) a convocação de 269 vagas para profissionais de saúde de nível superior e 533 para atividades administrativas de nível superior e médio (aguardando convocação), que devem ser preenchidas por completo, respeitando os trâmites legais. A autorização do MPOG foi publicada no Diário Oficial da União de 18 de abril 2011.
Clique aqui para ver a lista dos convocados
Por Aedê Cadaxa e Valéria Amaral, da Agência Saúde – ASCOM/MS
Após a iniciativa pioneira do Conselho Federal de Psicologia em junho deste ano (leia mais aqui), o Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) passou a assegurar aos(às) assistentes sociais travestis e transexuais, na semana passada, o direito de escolher o tratamento nominal a ser inserido na Cédula e na Carteira de Identidade Profissional, bem como nos atos e procedimentos promovidos no âmbito do CFESS e dos Conselhos Regionais de Serviço Social (CRESS).
A Resolução nº 615 do CFESS, de 8 de setembro de 2011, foi publicado no Diário Oficial da União no dia 09/09 e determina que a pessoa interessada deverá solicitar por escrito e indicar, no momento da sua inscrição no CRESS, o prenome que corresponda à forma pela qual se reconheça, é identificada, reconhecida e denominada por sua comunidade e em sua inserção social.
Até serem expedidos os novos documentos profissionais, o nome social será inserido somente na Carteira de Identidade Profissional no campo “Nome”, e o nome civil grafado na linha seguinte. Também será permitida a utilização do nome social nas assinaturas decorrentes do trabalho desenvolvido pelo(a) assistente social, juntamente com o número do registro profissional. Para efeito de tratamento profissional do(a) assistente social, a exemplo de crachás, dentre outros, deverá ser utilizado somente o nome social e o número de registro.
Servidores do Ministério da Previdência Social (MPS) de todo o país estão enviando emails de protesto ao Ministro Garibaldi Alves e ao Secretário-Executivo da pasta, Carlos Eduardo Gabas. Nas mensagens, os servidores criticam o não cumprimento da promessa de instituir um Grupo de Trabalho (GT) que teria por finalidade elaborar a proposta de uma carreira única para a Previdência, reunindo servidores do INSS e MPS. Além dos emails, os servidores, com apoio do Sindsprev/RJ e Associação dos Servidores Integrados da Previdência Social (ASIPS), divulgarão um manifesto nacional cobrando a discussão e implementação da carreira única. “Estamos preocupados porque o mês de agosto já passou e em agosto que o governo já deveria ter garantido recursos, no orçamento de 2012, para criação e implementação de uma carreira única, se realmente tivesse vontade de fazer isto”, explica o dirigente da regional centro do Sindsprev/RJ e servidor do MPS, Edilson ‘Mariano’ Gonçalves. Em maio deste ano, plebiscito realizado entre servidores do MPS de todo o país revelou o desejo da categoria pela constituição de carreira única com os colegas do INSS (vinculados à carreira do seguro social, já existente). Antes do plebiscito, cada uma das instâncias — MPS e INSS — já estava com Grupos de Trabalho (GTs) específicos. No caso do INSS, o GT discutia a reestruturação da já existente carreira do seguro social. No caso do MPS, o GT elaborava uma proposta de implementação de carreira específica, já entregue ao Ministério do Planejamento. Na época do Plebiscito, contudo, a promessa do governo era que o MPS iria operacionalizar as discussões para elaboração de uma carreira única. Segundo Mariano, outro problema foi que o GT do Seguro Social continuou funcionando como se nenhuma proposta de carreira unificada estivesse em discussão. “Nunca entendemos isto, o que mostra desrespeito com os servidores do MPS, especialmente aqueles que votaram no plebiscito”, diz.
Por André Pelliccione, da Redação do Sindsprev/RJ - "O servidor do MPS e dirigente do Sindsprev/RJ, Edilson Mariano, que critica não cumprimento da carreirá única".
A promotora de Justiça de Defesa Infância e Juventude Fabiana de Assis entregou ao presidente da Câmara Legislativa do DF, deputado Patrício (PT), na última segunda-feira, 29, ofício solicitando o cumprimento da Lei Distrital 4.086, de 28 de janeiro de 2008, que criou o relatório Orçamento Criança e Adolescente (OCA) como instrumento de controle social e fiscalização dos gastos públicos com crianças e adolescentes no DF. De acordo com a promotora de Justiça e o analista de Orçamento do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) Riezo Almeida, é urgente a análise do relatório OCA pela CLDF como forma de controle dos gastos orçamentários. Durante o encontro, os membros da Promotoria de Justiça de Defesa da Infância e da Juventude observaram que a lei prevê que o relatório deve ser analisado por comissão de trabalho da CLDF, formada por representantes das Comissões de Economia Orçamento e Finanças (CEOF) e de Defesa dos Direitos Humanos, Cidadania, Ética e Decoro Parlamentar, sob a coordenação da primeira. O deputado Patrício garantiu que a Câmara Legislativa possui grande interesse na execução do orçamento do DF, já que uma de suas funções é exatamente fiscalizar os atos do Poder Executivo. Ele observou, no entanto, que a CEOF ainda não recebeu oficialmente os dois últimos relatórios do orçamento Criança e Adolescente, que, pela lei, deve ser publicado anualmente, mas se comprometeu em buscar informações sobre os relatórios junto às Secretarias da Infância e da Juventude e do Governo. Fonte: MPDFT |
Está em discussão no Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) os parâmetros de caracterização de entidades de assessoramento e de defesa e garantia de direitos. Os objetivos formalizados pelaResolução CNAS nº 38/2010, que institui Grupo de Trabalho para tratar do tema, são aprofundar o detalhamento das atividades realizadas por tais entidades; “elaborar instrumentos para materialização dos parâmetros para caracterização dessas atividades”; e “apresentar informações sobre o que não caracteriza entidades de assistência social nessa área”. De acordo com o vice-presidente do CNAS, Renato Francisco dos Santos Paula, este trabalho está inserido na conformação do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), sendo necessário para “qualificar, dar visibilidade às entidades e promover o acesso a recursos. O sucesso do sistema depende disso, pois o papel dos gestores e entidades, às vezes, se misturam muito”.
Ressalta-se que muitas das entidades que atuam na assistência social se estruturam como organizações de defesa de direitos, não a partir da lógica de prestação de serviços. Pela construção e participação de articulações com redes e movimentos sociais, atividades de formação, disseminação de informações, além da incidência em fóruns e espaços institucionais de participação, por exemplo, agem pela efetivação de direitos econômicos e sociais, e no combate a diferentes formas de discriminação e desigualdades.
Para José Antonio Moroni, integrante do colegiado de gestão do Inesc, a divisão entre assessoramento e defesa de direitos “é um perigo enorme”, pois possibilita que muitas empresas fantasiadas de organizações “se credenciem como de assistência social. Só faz sentido uma organização ser de assessoramento se ela é de defesa de direitos”. Moroni também coloca como fundamental que a delimitação da assistência social não se dê apenas pela relação entre públicos e tipos de serviços, mas que preveja critérios históricos, econômicos, culturais, políticos e sociais, relacionados às populações atingidas por catástrofes naturais e megaprojetos ou as historicamente discriminadas, por exemplo.
A Resolução CNAS 191 de 2005, que regulamenta o artigo 3º da Lei Orgânica da Assistência Social (Loas), define e organiza as entidades de assistência social que prestam atendimento, assessoramento e atuam na defesa e garantia de direitos. É parte deste campo as organizações constituídas sem fins lucrativos, que realizam, de forma continuada, serviços, programas e projetos de proteção social e de assessoramento e defesa de direitos socioassistenciais. Desse modo, a resolução amplia o conceito de entidades de assistência social para o campo do assessoramento, defesa e garantia de direitos.
Já o decreto presidencial 6.308/2007 dispõe sobre as entidades e organizações de assistência social; e a Resolução 109, de 2009, busca tipificar e consolidar a classificação nacional dos serviços socioassistenciais, com estabelecimento de padrões de qualidade de serviços prestados e controle social, atrelando a atuação ao acesso aos direitos socioassistenciais. A Resolução 16, de 2010, define parâmetros nacionais para a inscrição das entidades e organizações de assistência social, bem como serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais nos conselhos de municípios e Distrito Federal.
Renato Paula afirma que não é pretensão do CNAS separar as atividades por tipificação, mas definir as atividades no campo da assistência. “Com a implementação do SUAS, precisamos definir de forma mais precisa a setorialidade da assistência social, sem prejuízo da intersetorialidade. Que haja transversalidade a partir do que é peculiar à assistência”. Por isso, considera necessário definir tipos de atenção específicos da área, para fundamentar articulações com educação e saúde, por exemplo.
Para ele, são extremamente importantes as organizações de defesa de direitos na política de assistência social, e o reconhecimento dessas entidades como parte do sistema é algo próprio da assistência social. “Não existe isso na saúde e educação. Essas organizações compõem o conjunto das ações prestadas na rede, inclusive com possibilidade de inscrição nos conselhos. São extremamente importantes, principalmente para fortalecer a participação dos usuários”.
No entanto, o vice-presidente do CNAS coloca como necessário avançar na caracterização das entidades, o que se relaciona com a separação da assistência social das demais áreas. Ele entende não ser possível “fazer uma tipificação nos moldes do que foi feito com as entidades de atendimento, porque estas prestam serviços de atendimento direto à população, com estrutura diferenciada daquela difusa de assessoramento e defesa de direitos”.
O GT, composto por governo e organizações da sociedade civil, tem promovido debates e oficinas acerca do tema. “Estamos montando uma matriz com características das entidades que conseguimos identificar de assessoramento e defesa de direitos para, em novembro, aprovar uma resolução”. O objetivo é prever “o maior número de atividades possíveis”, com possibilidade de aperfeiçoamento da caracterização após a publicação da resolução.
Acesse aqui a Lei nº 12.435 que dispõe sobre a organização da Assistência Social, publicada no dia 06 de julho no Diário Oficial da União.
Fonte: ABONG