segunda-feira, 28 de maio de 2012

CFESS é contra o Ato Médico

O Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) vem a público expressar sua rejeição à proposição SCD 268/2002, que trata do Ato Médico. Proposto em 2002, o projeto de lei (PL) 268, de autoria do ex-senador Benício Sampaio (PI) foi aprovado em 8 de fevereiro de 2012 pela comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal, após 10 anos de tramitação, marcados por inúmeras manifestações e protestos contrários ao seu teor por parte de varias entidades relacionadas à saúde, além  de conselhos profissionais. 

O CFESS apoia e compreende como legítima a regulamentação das profissões, que deve ser tratada de maneira ética e responsável, de forma que seu teor não interfira na autonomia do exercício profissional das demais profissões nem nos avanços conquistados no âmbito de nosso sistema público de saúde. A grande questão apresentada pelas profissões de saúde em relação ao ato médico refere-se à sua previsão de exclusividade por parte dos médicos para realizar diagnóstico de doenças e à respectiva prescrição terapêutica, o que impõe a necessidade de uma prescrição médica para que o/a usuário/a seja atendido/a por outros/as profissionais. 

Compreendemos que, se aprovado o texto atual, o livre acesso da população aos/às profissionais de saúde, bem como a autonomia do exercício das demais profissões, serão cerceados, impondo uma hierarquização entre as profissões e uma maior burocratização do acesso aos serviços de saúde, consequentemente desrespeitando princípios fundamentais defendidos pelos/as assistentes sociais. O CFESS defende o conceito ampliado de saúde previsto pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que somente pode ser efetivado a partir da intervenção multiprofissional, e rejeita veementemente propostas de caráter corporativista que caminhem na contramão dos avanços conquistados legitimamente pelas profissões. 

Defendemos que a saúde não seja reduzida à ausência de doença e que considere os vários determinantes do processo saúde-doença, que somente se efetiva por uma atuação multidisciplinar, e que a profissão da medicina se insira no conjunto das profissões por meio de uma relação pautada pelo respeito, pela democracia e pelo compromisso com o direito à saúde integral. O projeto que trata do ato médico precisa ainda passar pelas comissões de Educação (CE) e de Assuntos Sociais (CAS) antes de ir a Plenário, e o CFESS, em conjunto com as demais profissões e entidades da saúde, seguirão na luta por sua modificação. 

Assim, conclamamos toda a sociedade e principalmente os/as assistentes sociais para participar das diversas ações que ocorrerão no dia 30 de maio de 2012 nos estados e principalmente para a mobilização que ocorrerá no dia 30 de maio, a partir das 9 horas em frente ao Congresso Nacional em Brasília (DF). 

Fonte: Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) Gestão Tempo de Luta e Resistência (2011-2014)

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Retrato da Infância e Adolescencia no DF

Acesse o estudo realizado pela codeplan sobre a infância e adolescência no DF. http://www.codeplan.df.gov.br/

Definição sobre o cargo de Analista Técnico em Políticas Sociais

PORTARIA INTERMINISTERIAL N.º 229, DE 24 DE MAIO DE 2012 

OS MINISTROS DE ESTADO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO, DE DIREITOS HUMANOS, Interina, DE POLÍTICAS DE PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL, Interino, DE POLÍTICAS PARA AS MULHERES, DA EDUCAÇÃO, DA PREVIDÊNCIA SOCIAL, DA SAÚDE, DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME, DA JUSTIÇA, DAS CIDADES, DO TRABALHO E EMPREGO E DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO, no uso de suas atribuições e tendo em vista o disposto no art. 4º da Lei nº 12.094, de 19 de novembro de 2009, resolvem: 

Art. 1º O ingresso no cargo de Analista Técnico de Políticas Sociais da Carreira de Desenvolvimento de Políticas Sociais exige diploma de graduação em nível superior ou título de pós-graduação lato ou stricto sensu, nas modalidades de especialização, mestrado ou doutorado, nos termos exigidos pelo Ministério da Educação, nas habilitações específicas que constarão do edital de realização do primeiro certame. 
Art. 2º O concurso público para ingresso nos cargos de que trata o art. 1º desta Portaria será realizado para as seguintes áreas de especialização: 
I - Gestão Social; 
II - Previdência; 
III - Assistência Social; 
IV - Educação; e 
V - Saúde. 
Art. 3º O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão ficará responsável por realizar o primeiro concurso para provimento dos cargos de que trata o art. 1º desta Portaria. 
 Art. 4º Esta Portaria Interministerial entra em vigor na data de sua publicação.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Curso Prevenção ao uso de álcool e outras drogas no ambiente de trabalho


A partir do dia 23 de abril até o dia 30 de maio de 2012 estarão abertas as inscrições para a 3ª edição do Curso Prevenção ao uso de álcool e outras drogas no ambiente de trabalho: Conhecer para Ajudar, promovido pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas - SENAD do Ministério da Justiça, em parceria com o Serviço Social da Indústria/Diretório Nacional (SESI/DN). O Curso será executado pela Secretaria de Educação a Distância (SEaD) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

O curso será ofertado na modalidade de Educação a Distância - EaD, com carga horária de 120 horas, durante 12 semanas, para 5.000 profissionais atuantes nas indústrias/empresas  de todo o Brasilcom o obejtivo de capacitar estes profissionais para o desenvolvimento de habilidades para lidar com os problemas relacionados ao uso de álcool e/ou outras drogas no ambiente de trabalho.

O curso é gratuito e oferece certificado de extensão universitária emitido pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Poderão participarprofissionais atuantes nas indústrias/empresas - membros das Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (CIPAS); profissionais de Saúde e Segurança do Trabalho (médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos e técnicos de Segurança no Trabalho; profissionais de RH – Recrutamento e Seleção, cargos de chefia.

O conteúdo do curso foi elaborado por especialistas da área e reúne informações atualizadas sobre: promoção a saúde e prevenção ao uso de drogas: estratégias de atenção; redes de atenção ao usuário de álcool e outras drogas; política e impacto ao uso e abuso de drogas.

Após o processo de triagem dos inscritos, os alunos selecionados receberão uma mensagem eletrônica, da Universidade, solicitando que eles efetivem a sua matrícula e comunicando outras orientações sobre o curso.

Para fazer a inscrição, entre site http://trabalho.senad.gov.br

Para mais informações, ligue no (48) 3952-1960/3952-1961/3952-1962 ou entre em contato pelo e-mail: trabalho@sead.ufsc.br

Secretaria de Educação do DF convoca assistentes sociais aprovados em concurso

O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, nomeou 973 novos profissionais para as áreas de Educação e Saúde. Para a Educação, são 305 professores e 33 servidores da carreira de assistência. Na Saúde, o GDF fará a nomeação de 635 concursados e convocará ainda 594 profissionais em caráter temporário. A medida faz parte da política da atual gestão de valorizar os profissionais da Administração Pública, reforçar os quadros funcionais e melhorar o atendimento prestado à população. Todas as nomeações estão na edição de hoje do Diário Oficial do Distrito Federal. 

“Estamos cumprindo os compromissos firmados com essas categorias. Essas contratações só foram possíveis porque apertamos o cinto no primeiro quadrimestre, segurando o crescimento da folha de pagamento e aumentando a arrecadação. Todo o esforço feito se traduz agora em mais profissionais para as áreas prioritárias, Saúde e Educação”, destaca o governador Agnelo Queiroz. 

O secretário de Administração Pública, Wilmar Lacerda, afirma que as nomeações são resultados diretos da estratégia de planejamento anunciada pelo GDF no começo deste ano. “As avaliações preliminares indicam que as medidas tomadas no início do ano, no sentido de conter as despesas, foram eficazes e conseguimos uma ligeira redução no índice da Lei de Responsabilidade Fiscal. Conseguimos uma economia de quase R$ 60 milhões no primeiro quadrimestre que fechou em 30 de abril”, explica Wilmar Lacerda. 

Na área de Educação, serão contratados profissionais para repor as perdas com aposentadorias, demissões, falecimentos e exonerações. O reforço será tanto para as salas de aula quanto para as atividades administrativas das escolas públicas. “Por isso estamos chamando professores de todas as disciplinas e profissionais da assistência, como técnicos administrativos, secretários escolares, monitores, psicólogos, assistente social e até engenheiro”, detalha o governador. 

Os concursados que ingressarão na Rede Pública de Saúde serão lotados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e nos programas Saúde da Família e Brasil Sorridente. “Com isso, vamos ampliar as equipes para atendimento em 54 leitos de UTI Adulto e 20 de UTI Neonatal; substituir temporários no Hospital de Santa Maria, reforçar o Saúde da Família no Gama e inaugurar com urgência mais uma UPA, a do Recanto das Emas”, destaca Agnelo Queiroz. 

Serão convocados médicos, técnicos em higiene dental, enfermeiros, nutricionistas, apoios administrativos, técnicos em laboratório, motoristas, administradores, auxiliares de patologia clínica, técnicos em radiologia e em nutrição, além de fisioterapeutas. Para completar as equipes, haverá contratação temporária de técnicos em enfermagem e médicos, o que terá impacto financeiro previsto em R$ 36,496 milhões este ano, R$ 53,247 milhões em 2013 e outros R$ 53,247 milhões em 2014. 

Posse – Com as nomeações dos servidores concursados publicadas na edição de hoje do Diário Oficial do Distrito Federal, os profissionais da Educação e da Saúde terão prazo de até 30 dias para tomar posse e assumir suas funções. Após a efetivação dos concursados terá início a convocação dos profissionais temporários. 

Fonte: correioweb

domingo, 20 de maio de 2012

Dia de combater o abuso e a exploração sexual infanto-juvenil  

        Sob o slogan 'Assuma o seu papel: mais responsabilização diante desse crime'comemorou-se nesta sexta-feira (18) o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual Infanto-juvenil. O dia foi instituído em 2000, pela Lei Federal nº 9.970/00 e desde então o governo federal assumiu a organização de atividades e eventos de sensibilização e mobilização para promover esse dia como um marco de luta pelo fim da violência sexual contra crianças e adolescentes. 



Acesse a Cartilha Educativa do Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual Infanto-juvenil.

Acesse aqui o Plano Nacional de Saúde.


Fonte: CNS

Dia Nacional de Luta Antimanicomial é comemorado no País

O Movimento Antimanicomial tem o dia 18 de maio como data de comemoração no calendário nacional brasileiro, como  Dia Nacional de Luta Antimanicomial. Em 2001, a Lei nº 10.216, proposta pelo deputado federal Paulo Delgado, também conhecida como Lei Paulo Delgado, instituiu um novo modelo de tratamento aos portadores de transtornos mentais no Brasil, e redireciona a assistência em saúde mental, privilegiando o oferecimento de tratamento em serviços de base comunitária, dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas com transtornos mentais, mas não institui mecanismos claros para a progressiva extinção dos manicômios.         

Este modelo conta com uma rede de serviços e equipamentos variados tais como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), os Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT), os Centros de Convivência e Cultura e os leitos de atenção integral (em Hospitais Gerais, nos CAPS III). O Programa de Volta para Casa que oferece bolsas para egressos de longas internações em hospitais psiquiátricos, também faz parte desta Política. Constituída pela Lei nº 8.080/90, a Comissão Intersetorial de Saúde Mental (CISM), do Conselho Nacional de Saúde (CNS) trabalha para acompanhar a política de saúde mental em âmbito nacional e fornecer subsídios efetivos ao Conselho na temática de saúde mental.         

A conselheira nacional de saúde Sandra Regis, que é coordenadora da CISM, explica que as ações da Comissão buscam garantir a continuidade da reorientação do Modelo de Atenção em Saúde Mental (desinstitucionalização) e da reforma psiquiátrica. “É preciso garantir a proteção e o direito das pessoas portadoras de transtornos mentais e não promover a segregação dessas pessoas”, ressalta. 

Atenção Especializada – A atenção especializada em saúde mental é oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que está pronto para atender de maneira diferenciada pacientes que precisam deste tipo de cuidado, conforme a Política de Nacional de Saúde Mental que consta do Plano Nacional de Saúde. Esta rede conta hoje com de 1.771 de CAPS, em todos os estados, número este quase quatro vezes maior que em 2002, quando o País contava com apenas 424 Centros. Especificamente para crianças e adolescentes, os atendimentos nos CAPS infantis saltaram de 12,2 mil, em 2002, para 1,2 milhão, ano passado, segundo dados do Ministério da Saúde.   

Movimento Antimanicomial         
Na sua origem, esse movimento está ligado à Reforma Sanitária Brasileira, da qual resultou a criação do Sistema Único de Saúde  (SUS). Está ligado também à experiência de desinstitucionalização da Psiquiatria desenvolvidas em Gorizia e em Trieste, na Itália, por Franco Basaglia nos anos 60.   

Fonte: CNS

CFESS diz não para práticas sociais manicomiais e violadoras da liberdade

“A Reforma Psiquiátrica é um processo que se inscreve numa dimensão ética, pois é também uma luta contra o estigma, a exclusão, a violência, a marginalização, e neste sentido propõe a convivência social na diversidade”. Este é um trecho do CFESS Manifesta alusivo ao Dia Nacional da Luta Antimanicomial, celebrado neste 18 de maio. O documento reafirma que a luta antimanicomial é parte da agenda política dos/as assistentes sociais no Brasil e que deve ser fundamentada em valores e práticas que levem, de fato, à superação das práticas sociais manicomiais e violadoras da autonomia e da liberdade emancipatória. “Fazemos um alerta para os recentes retrocessos nas garantias legais já consolidadas para a saúde mental, especialmente na recente política sobre drogas, com ações governamentais que teimam em implantar dispositivos de atenção psicossocial que burlam as prerrogativas da lei de saúde mental, designando recursos públicos para dispositivos que trazem claro direcionamento manicomial, incentivando internações em hospitais, em clínicas e ou até mesmo em comunidades ditas terapêuticas, num claro desrespeito aos direitos humanos”, destaca a conselheira do CFESS, Rosa Prédes. Segundo ela, há um perigoso movimento de interesses privados e mercadológicos, que apresentam as velhas formas de internação e reclusão como “salvação” para o sofrimento dos/as que convivem com os desdobramentos psíquicos e sociais causados pelo uso de substâncias psicoativas, mais conhecidas como “drogas”. “São iniciativas que podem parecer à sociedade como a solução para as ‘mazelas’ e ‘doenças’ sociais que atingiriam os/as que não conseguem se ‘adaptar’ aos benefícios que a sociedade do capital seria capaz de oferecer a todos/as. Estaríamos novamente em tempos de “naturalização” da limpeza social dos/as que incomodam a ordem estabelecida, justamente por explicitarem a dureza da vida de parte da população que não consegue prover suas necessidades com os recursos que a apropriação privada da riqueza insiste em desapropriar justamente dos que a produz”, afirma. 


Fonte: CFESS

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Inscrições abertas para o Curso de Atenção `a Saúde de Pessoas em Situação de Violência


Marcha reivindica aprovação de PL contra homofobia

Serviço Social segue na luta pelos direitos LGBT
Pelo terceiro ano consecutivo, assistentes sociais e estudantes de Serviço Social participaram da Marcha, bem como o Conjunto CFESS-CRESS, com representantes dos Regionais e do Conselho Federal. "O Serviço Social vem, a cada dia, incorporando mais a luta pelos direitos da população LGBT", afirmou a professora de Serviço Social da Universidade de Brasília (UnB), Valdenísia Peixoto, citando a campanha nacional do Conjunto CFESS-CRESS pela liberdade de orientação e expressão sexual "O amor fala todas as línguas: assistente social na luta contra o preconceito". Cartazes foram distribuídos durante a mobilização.

A assessora especial do CFESS e assistente social, Adriane Dias, destacou outros instrumentos teórico-político-normativos do Conjunto CFESS-CRESS em relação à defesa dos direitos da população LGBT. "Temos nosso Código de Ética, que traz princípios em defesa da liberdade, autonomia, diversidade da pessoa humana, e de luta contra a discriminação por orientação sexual, gênero, identidade de gênero e etnia; aResolução 489/2006, que estabelece normas vedando condutas discriminatórias ou preconceituosas, por orientação e expressão sexual por pessoas do mesmo sexo, no exercício profissional do/a assistente social; e a Resolução 615/2011, que permite à assistente social travesti e ao/à transexual a utilização do nome social na carteira e na cédula de identidade profissional", completou.

Para o assistente social e conselheiro do CRESS-GO, Josué Vieira Filho, a participação da categoria em movimentos sociais, inclusive o LGBT, fortalece a luta por uma sociedade emancipada. "As mobilizações e as passeatas são momentos fundamentais em que concretizamos nosso combate às diferentes expressões de homofobia, lesbofobia e transfobia. Essa marcha nos possibilita cobrar de perto do Governo Federal e do Congresso Nacional os direitos LGBT", disse. Ele destacou também a participação dos/as assistentes sociais no controle social, especialmente nos conselhos de direitos em nível municipal, estadual e federal, para acompanhar de forma aprofundada a formulação, supervisão e da avaliação das políticas públicas.

No âmbito da universidade, o debate precisa ser ainda mais recorrente. Pelo menos foi o que disseram os/as estudantes de Serviço Social da UnB Hyago Brayhan e Lariza Cerri. Hyago afirmou que as universidades ainda são palco de expressões homofóbicas e, nesse sentido, é preciso que se discuta, de forma ampla, mas também aprofundada, a questão LGBT na Academia. Lariza fez críticas ainda mais contundentes: "Não é só o Serviço Social ou outros cursos de Ciências Humanas que devem abordar o tema, mas a Universidade como um todo".

Dia Mundial de Combate à Homofobia
Neste dia 17 de maio, o CFESS vem a público manifestar posição de respeito à livre orientação sexual e à livre identidade de gênero, somando-se à resistência coletiva do movimento LGBT, feminista e de todos aqueles que se propõem a desconstruir o patriarcado heterossexista.

Leia o CFESS Manifesta sobre o Dia Mundial de Combate à Homofobia lançado em 2011

Veja também o manifesto lançado Na 2ª Conferência Nacional de Políticas Públicas e Direitos Humanos de LGBT

Fonte: CFESS

terça-feira, 15 de maio de 2012

CFESS apoia luta em defesa de desaparecidos/as políticos/as da Ditadura Militar


Com a recente sanção da lei que criou a Comissão de Verdade pela presidente Dilma Roussef, a sociedade brasileira pôde ter uma ponta de esperança no processo de apuração das graves violações aos direitos humanos ocorridos durante o período da Ditadura Militar (1964-1985), razão pela qual foi criada. Em meio à discussão sobre o tema e sobre a nomeação dos/as integrantes da referida Comissão, o CFESS reitera a defesa da apuração rigorosa, do julgamento e da adequada punição para o que considera crimes comuns e não políticos.

É importante ressaltar que a tortura é caracterizada como crime hediondo, inafiançável e imprescritível pelas leis brasileiras e internacionais. O conselheiro da Comissão de Ética e Direitos Humanos (CEDH) do CFESS, Maurílio Matos, reforça que nenhum ato de tortura ou violação aos direitos humanos pode ficar em sigilo de quaisquer espécies. "Entendemos que esses crimes devem ser apurados rigorosamente, julgados e punidos os infratores, pois aqui se trata de crimes comuns de lesão à humanidade e não de crimes políticos. O Serviço Social está nessa luta", afirma o conselheiro.

Pelo texto aprovado, as investigações incluem a apuração de autoria de crimes como tortura, mortes, desaparecimentos forçados e ocultação de cadáveres, perdoados com a Lei da Anistia, de 1979. Nesse sentido, a Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos da Ditadura Militar enviou uma carta ao ministro da justiça, José Eduardo Cardozo, reivindicando também a celeridade e o empenho do governo federal "na busca da verdade e da justiça", conforme o texto do documento. 

O envio ocorreu especialmente diante do fato divulgado na imprensa, como relata a entidade no texto, "de que um dos possíveis integrantes do aparato repressivo, Sr. Cláudio Guerra, segundo sua própria confissão, foi responsável pela morte e desaparecimento dos corpos de, pelo menos, 12 presos políticos, além de lideres camponeses e vitimas de grupos de extermínio". (Clique para ler a carta na íntegra)

Nessa perspectiva, O CFESS convoca a sociedade brasileira a denunciar a violação dos direitos humanos por aqueles que praticaram crimes hediondos de tortura. A defesa intransigente dos direitos humanos e a recusa do arbítrio e do autoritarismo são princípios, dentre outros, inscritos no Código de Ética do/a Assistente Social, o que também coloca o Serviço Social nessa luta. 

Saiba mais sobre a Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos da Ditadura Militar 

Conselho Federal de Serviço Social - CFESS

Brasil Carinhoso amplia oferta de creches para beneficiários do Bolsa Família


Em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, da EBC, Tereza Campello diz que ação lançada pelo governo federal esta semana vai melhorar as condições de vida de crianças até 6 anos em situação de extrema pobreza
O aumento dos repasses de recursos para os municípios ampliarem vagas em creches públicas e conveniadas foi um dos principais temas abordados pela ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, durante o programa Bom Dia, Ministro, transmitido pela Rádio Nacional e TV NBR nesta terça-feira (15). A expansão dos serviços de creches é uma das medidas da ação Brasil Carinhoso, que integra o Brasil Sem Miséria, plano do governo federal para superação da extrema pobreza.

Entrevistada ao vivo e em cadeia nacional por âncoras de emissoras de rádio, Tereza Campello destacou a importância do aumento da oferta de vagas para as crianças extremamente pobres até 6 anos em todo o país, para que elas possam melhorar o aprendizado escolar e se alimentar adequadamente. As famílias em situação de extrema pobreza têm renda per capita até R$ 70.

A ministra informou ainda que haverá ampliação de 50% no repasse por criança de 0 a 6 anos do Bolsa Família que estiver matriculada em creches. Isso representa aumento anual de R$ 1.362 por criança. “Esse recurso vai ser repassado não só para as creches públicas, mas também para as conveniadas que abram novas vagas e acolham as crianças do Bolsa Família.” Também foi ampliado em 67% o repasse de recursos para a merenda escolar de todas as crianças matriculadas nesses estabelecimentos.

Tereza Campello falou ainda sobre a mudança do custeio das creches com recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), que será antecipado aos municípios. “Com esse dinheiro, a entidade pode contratar profissionais, comprar material, fraldas, alimentos ou o que julgar necessário.”

Vagas – Com o aumento dos repasses e a antecipação dos valores do Fundeb, o governo federal busca a ampliação imediata da oferta de vagas nas creches públicas e conveniadas, enquanto estão sendo construídas novas unidades por meio do Programa Proinfância, do Ministério da Educação.

Outra estratégia do Brasil Carinhoso, a atenção à saúde e a suplementação vitamínica, foi comentada pela ministra. Na campanha de vacinação que ocorrerá no segundo semestre, adiantou Tereza Campello, haverá distribuição gratuita de uma megadose de vitamina A, o que pode reduzir em até 25% as taxas de mortalidade infantil em todo o país. Segundo ela, mais duas medidas vão ajudar a alcançar esse resultado: a distribuição gratuita, nos postos de saúde, de sulfato ferroso para combater a anemia e de remédios para a asma, desde que prescritos por médicos, nas farmácias populares de todo o país.

Perguntada sobre o cadastramento das famílias na ação Brasil Carinhoso, lançada pelo governo na segunda-feira (14), a ministra reforçou o alerta de que todas as famílias extremamente pobres e que tenham filhos de até 6 anos, se já estiverem inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, serão automaticamente beneficiadas com a complementação de renda.

A ministra aproveitou para orientar as famílias extremamente pobres que ainda não estão no Cadastro Único. “Caso haja alguma família que atenda a esses requisitos e não faça parte do Cadastro Único, ela deverá procurar a prefeitura de sua cidade. Não apenas para o Brasil Carinhoso, mas para diversos programas do governo federal que usam como base os dados do Cadastro Único”.

Rio+20 – Durante o programa, Tereza Campello falou ainda sobre a participação do Brasil na Conferência Rio+20, que ocorre no Rio de Janeiro, de 13 a 22 de junho. A ministra defendeu a importância de debater conjuntamente as agendas ambiental e social. “A pobreza caminha junto com o atraso social. Portanto, não há como discutir as duas agendas de maneira separada. O governo federal reconhece a importância das duas questões e enfatiza a necessidade de que os temas correlacionados sejam discutidos juntos.”

A ministra citou a experiência brasileira do Bolsa Verde, que repassa recursos às famílias extremamente pobres para que possam apoiar a preservação ambiental. “Estamos levando nossa experiência ao debate da proposta do Piso de Proteção Socioambiental. Outros países têm experiências semelhantes e queremos aproveitar a Rio+20 para fomentar esse debate.”


Confira na íntegra o programa Bom Dia, Ministro.


Fonte: Ascom/MDS  (61) 3433-1021  www.mds.gov.br/saladeimprensa






'Brasil Carinhoso é positivo, mas não suficiente', afirma Cristovam


O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) disse nesta terça (15) que o programa Brasil Carinhoso é positivo, mas não suficiente para os problemas sociais do país. “Todos temos de reconhecer que é um salto positivo, mas não é suficiente. A própria presidenta [Dilma Rousseff] reconheceu que é pouco”, afirmou. Lançado nesta segunda (14) pelo governo federal, o objetivo do programa é tirar da miséria absoluta todas as famílias brasileiras com crianças de até seis anos de idade. Cristovam disse que o país precisa de um carinho especial com os 14 milhões de adultos analfabetos, com os professores e com os aposentados. O parlamentar acrescentou ainda que o país tem sido “mais que carinhoso” com os incentivos à indústria.


Fonte: www.claudiohumberto.com.br

Serviço Social: "Em defesa dos direitos sociais e da redução das desigualdades"

Nesta terça-feira (15), comemora-se o Dia do Assistente Social. A data celebra o Decreto Federal nº 994, de 15 de maio de 1962, que regulamentou a profissão e criou o conselho federal e os regionais da categoria. O assistente social é responsável por orientar famílias, pessoas e grupos para acesso a benefícios e serviços socioassistenciais. Ele também desenvolve estudos e planejamento de políticas públicas.
“Suas atribuições são assegurar direitos à população e reduzir as desigualdades sociais. Toda atuação e intervenção visam mobilizar e organizar a população, fazer a leitura das situações de vulnerabilidade e risco e acessar direitos nas diversas políticas setoriais”, diz a secretária nacional de Assistência Social do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Denise Colin.
De acordo com o Censo Suas feito todo ano pelo MDS, dos 110 mil assistentes sociais que atuam no mercado, 23% são trabalhadores do Sistema Único de Assistência Social (Suas). Para apoiar o aprimoramento da gestão e da qualificação dos serviços prestados à população, a presidenta Dilma Rousseff alterou a Lei Orgânica de Assistência Social (Loas), no ano passado, permitindo que os cofinanciamentos federais para os serviços de proteção social básica e especial sejam usados para pagamento dos trabalhadores do Suas. 
O Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) regulamentou a utilização de até 60% do montante repassado pelo governo federal para pagamento dos trabalhadores concursados que compõem as equipes de referência. “Isso induz municípios, Distrito Federal e estados a promoverem concursos públicos e profissionalizarem a oferta de serviços e benefícios socioassistenciais, garantindo a qualidade do atendimento e a condição de cidadania”, assinala Denise Colin.
A área de assistência social é composta por profissionais como psicólogos, pedagogos, advogados e sociólogos, entre outros, mas os assistentes sociais são considerados fundamentais no Suas. A Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do Suas (NOB/RH) instrui que, na composição das equipes de referência que prestam serviços de proteção básica nos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e de proteção especial nos Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas), deve haver obrigatoriamente o profissional do Serviço Social. Os assistentes sociais atuam também na iniciativa privada e nas comunidades, orientando sobre direitos da população nas áreas de saúde, previdência, educação e assistência social, entre outras.
A diretora do Conselho Federal de Serviço Social (CFSS), Lúcia Lopes, informa que o trabalho desses profissionais deve se pautar sempre pela ética, profissionalismo e respeito à população, a quem se destina o serviço. “Os assistentes sociais atuam na defesa e na ampliação dos direitos sociais. É fundamental reafirmar o compromisso na defesa das políticas públicas como instrumento de viabilização de direitos.” Atualmente, 25.798 assistentes sociais trabalham diretamente no atendimento socioassistencial da população. São profissionais que promovem a inserção e a inclusão social da população mais pobre, vulnerável e vítima de violência em mais de 7.922 Cras e 2.155 Creas em todo o país.
Fonte: Ascom/MDS (61) 3433-1021 www.mds.gov.br/saladeimprensa


No Dia Nacional do Assistente Social, luta é para garantir aplicação das 30 horas para todos/as trabalhadores/as


Mesmo regulado por lei federal, gestores estaduais e municipais têm negado esse direito aos servidores públicos


Mas esse direito tem sido garantido apenas aos/as trabalhadores/as da rede privada e filantropia, não se estendendo aos servidores públicos que ficam a mercê do reconhecimento e da vontade política dos gestores estaduais, municipais e de setores do próprio governo, que se sustentam em decisões de procuradores  e desembargadores. Para o judiciário, a Lei 12.317/2010 aplica-se apenas aos assistentes sociais que estão na iniciativa privada, regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e, não, aos servidores que possuem regime jurídico próprio. Em 2010, o então presidente Lula sancionou o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 152/08, fixando a jornada de trabalho dos assistentes sociais em 30 horas semanais sem redução de salário, sacramentando uma conquista histórica para categoria. 

A presidenta da FENAS (Federação Nacional dos Assistentes Sociais), Margareth Dallaruvera, repudia tal justificativa e conclama toda a categoria para as manifestações neste dia 15 com o objetivo de pressionar e cobrar dos entes federativos respeito à Lei.As Conferências de Saúde em todas as esferas (municipal, estadual e federal) já reforçaram orientação em favor da jornada de 30 horas semanais para os trabalhadores da saúde. Além disso, tanto a Organização Mundial de Saúde (OMS) quanto a Organização Internacional do Trabalho (OIT) já divulgaram pareceres recomendando a jornada de 30 horas na saúde.

Considerando o Dia Nacional do Assistente Social como um dia de luta, outras demandas históricas serão levadas às ruas como a aprovação do Projeto de Lei 5278/09, da deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), que cria um piso salarial de oito salários mínimos para os assistentes sociais. Hoje, o projeto está tramitando na Câmara dos Deputados.“A redução da jornada para todos/as trabalhadores/as e a ratificação do Piso são fundamentais para que o assistente social possa desenvolver seu trabalho garantindo a efetivação das políticas públicas. Hoje, muitos são obrigados a estarem em dois empregos, ganhando um salário mínimo e acabam não se fixando no local de trabalho, com a consequente perda de qualidade no atendimento prestado ao usuário. Portanto, nossa luta é imediata”, esclarece. Outra reivindicação da categoria é a aprovação do Projeto de Lei (PLC 60/2007), que dispõe sobre a prestação de serviços de psicologia e de assistência social nas escolas públicas de educação básica.

Trabalhadores/as fortalecem participação no Conselho Nacional de Assistência Social
Em eleição realizada na última quinta-feira (10) a FENAS foi eleita representante da sociedade civil no Conselho Nacional de Assistência Social para o período 2012/2014, sendo a mais votada junto com outra entidade CUTista, a CNTSS (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social). “Essa votação representativa demonstra a confiança no trabalho prestado. Nossa principal bandeira de luta no Conselho é a implementação da Mesa Nacional de Negociação no SUAS (Sistema Único de Assistência Social). Já há uma resolução tirada na Conferência Nacional realizada no final do ano passado. A partir de dezembro o governo tem 160 dias para instituir a Mesa de Negociação. Portanto nossa tarefa é cobrar para que ela seja implementada”, ressalta a dirigente.


Escrito por: William Pedreira
Fonte: http://www.cut.org.br/acontece/22091/no-dia-nacional-do-assistente-social-luta-e-para-garantir-aplicacao-das-30-horas-para-todos-as-trabalhadores-as

Participe da Semana do Assistente Social

GERÊNCIA DE SERVIÇO SOCIAL DA SECRETARIA DE SAU'DE PARABENIZA OS ASSISTENTES SOCIAIS

Neste dia 15 de maio parabenizamos todos e todas pela luta diária, perseverança, profissionalismo, pela defesa SUS atuando na Secretaria de Saúde do DF. Um profissional que no cotidiano prima pelo respeito ao usuário, pela defesa dos direitos, pela consolidação da Seguridade Social enquanto meio para a eliminação das desigualdades sociais.   

Assistente Social sinônimo de competência, de desafio diário, de luta constante para concretizar o projeto ético-político da profissão.   

Parabéns!!!   

Nesta oportunidade divulgamos a programação da semana do Assistente Social em comemoração ao nosso dia. Acessem: www.cressdf.org.br 

Prencha o formulário de inscrição e baixem o ofício para liberação do servidor. Inscrições: somente no dia do evento no local, por meio da entrega da ficha de inscrição disponível no site do CRESS 8ª região. 

Gerência de Serviço Social 
Subsecretaria de Atenção de Saúde - SES/DF 
Endereço: Setor de Áreas Isoladas Norte (SAIN) Parque Rural s/n Sede da SES/DF 
CEP: 70086.900 
Telefone: (61)33486149 e (61)33486623    

quinta-feira, 10 de maio de 2012

MPT/Natal obteve decisão liminar e Assistentes Sociais terão jornada de seis horas diárias

NATAL - O Ministério Público do Trabalho - MPT obteve decisão liminar garantindo aos assistentes sociais da Companhia de Águas e Esgotos do RN - Caern jornada de trabalho de seis horas diárias, sem fracionamento, salvo o intervalo para descanso e refeições de 15 minutos. A ação civil pública foi ajuizada pelo procurador regional do Trabalho José de Lima Ramos Pereira com o objetivo de regularizar a duração da jornada, proibindo o intervalo de três horas, praticado pela Caern.
Segundo o procurador, a Lei nº 12.317/2010 garantiu aos assistentes sociais jornada de 30 horas, ao passo que o artigo 71§ 1º da CLT estipula o intervalo de 15 minutos. As investigações do MPT apontaram que os assistentes sociais da Caern trabalhavam três horas, cumpriam um intervalo de três horas e depois tinham que retornar a seus postos de trabalho para cumprir mais três horas de atividades. 
Em audiência, o representante da Caern confessou que as atividades dos assistentes sociais eram realizadas também no intervalo de descanso, de forma que o intervalo era, na verdade, uma extensão da jornada laboral. "O que se viu, na prática, é que o intervalo de três horas não existia, uma vez que não era dedicado ao repouso ou alimentação. Neste período os assistentes sociais eram convocados pela Caern para realizarem atividades externas, tendo, portanto, franca autorização para trabalhar no horário de descanso. Este procedimento acabava por gerar nove horas de jornada de trabalho diária, quando à legislação determina jornada de seis horas", explica José de Lima Ramos Pereira.
Ainda segundo o MPT, se a Caern estava precisando cumprir metas e suprir novas demandas, deveria contratar mais trabalhadores, não podendo praticar jornada de trabalho em desconformidade com a lei e em prejuízo à saúde e segurança dos trabalhadores. Qualquer empresa que descumpra a jornada dos assistentes sociais constantes da Lei nº 12.317/2010 poderá ser investigada e processada judicialmente, podendo, inclusive, ser condenada ao pagamento de multa.

Fonte: http://omossoroense.uol.com.br/regional/18491-assistentes-sociais-terao-jornada-de-seis-horas-diarias

Código de Ética comentado será lançado pelo CFESS

Na próxima segunda-feira, dia 14/5, às vésperas do Dia do/a Assistente Social, o Serviço Social brasileiro ganhará um novo instrumento para reafirmação e defesa da sua perspectiva ético-política construída nos últimos 33 anos. Será lançado pela Cortez Editora e pelo CFESS o Código de Ética do/a Assistente Social Comentado, de autoria da assistente social e professora da PUC-SP Maria Lucia Silva Barroco, e da advogada e assessora jurídica do CFESS, Sylvia Helena Terra, e organizado pela Comissão de Ética e Direitos Humanos do CFESS (CEDH). O evento vai acontecer no Teatro TUCA, da PUC-SP, das 17h às 18h30, com a participação das autoras e da Coordenadora da CEDH, Marylucia Mesquita.

O livro traz o Código de Ética Profissional comentado em seus fundamentos sócio-históricos e ontológicos as suas reais possibilidades de materialização na conjuntura atual. Tudo isso fundamentado em uma perspectiva de ética libertária e anticapitalista. "Não havia até agora um texto acadêmico destinado a comentar o Código de Ética em vigor, de 1993, na sua totalidade. Com a organização deste livro, o CFESS oferece ao/à leitor/a elementos teóricos, mas também políticos, éticos e técnico-operativos", afirma no texto da orelha do livro, a professora e pesquisadora da Escola de Serviço Social da UFRJ, Marlise Vinagre.

"Este livro reúne, portanto, duas grandes intelectuais e militantes que, ao comentarem o Código de Ética vigente, nos oferecem bem mais que comentários. São densas reflexões sobre os fundamentos teóricos e direção social que objetivam o projeto ético-político no entendimento da ética, da liberdade, da democracia e dos direitos humanos. É um convite à análise crítica sobre o ideário liberal que insiste em nos rodear e sobre o relativismo ético tão amplamente disseminado neste momento histórico de crise estrutural do capital" comenta, no prefácio, a professora e pesquisadora do curso de Serviço Social da UFRN e ex-coordenadora da CEDH-CFESS, Silvana Mara Morais dos Santos.

Para adquirir: http://www.cortezeditora.com.br/  

Fonte: Conselho Federal de Serviço Social - CFESS

Inscrições para o XIII ENPESS

Voltado para pesquisadores/as, professores/as e estudantes de graduação e pós-graduação, grupos e redes de pesquisa, profissionais, Programas de Pós-Graduação e Cursos de Graduação da área do Serviço Social, o XIII Encontro Nacional de Pesquisadores em Serviço Social (ENPESS) ocorrerá de 5 a 9 de novembro em Juiz de Fora (MG). A presidente do CFESS, Sâmya Ramos, conclama a categoria a participar do Encontro. “Este é o maior evento de pesquisadores/as no Serviço Social brasileiro. A participação da categoria é fundamental para a construção coletiva de estratégias de luta e para a troca de experiências e de conhecimento. Convidamos os/as assistentes sociais a se inscreverem e a enviarem seus trabalhos para o XIII ENPESS”, ressaltou a presidente. Ela também informou que o evento terá a participação de conselheiros/as do CFESS. A programação, normas para apresentação de trabalhos, eventuais inovações e outras informações serão divulgadas em breve, no site do evento (www.enpess.com.br). O prazo final de envio de trabalhos está previsto para 15/6/2012. Vale informar também que, ao final do XIII ENPESS, a ABEPSS realizará sua assembleia geral para prestação de contas, eleição e posse da nova diretoria da entidade para o biênio 2013-2014.
Fonte: Conselho Federal de Serviço Social - CFESS

CFESS é candidato nas eleições do CNAS

O CFESS está participando do processo eleitoral do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), que acontece hoje, 10/5, na Procuradoria Geral da República, em Brasília (DF). A candidatura do Conselho Federal é para representação do segmento "Entidade e Organização de Trabalhadores do Sistema Único de Assistência Social (SUAS)", para o mandato de 2012-2014.

Na oportunidade, o CFESS divulgou uma nota pela qual explica sua participação no processo eleitoral. "Nossa participação no CNAS, como representantes dos trabalhadores e trabalhadoras do SUAS, é movida pelo propósito de alargar a Política de Assistência Social, no âmbito da Seguridade Social, o que se dará por meio do enfrentamento de desafios com o cofinanciamento da Política de Assistência Social nas três esferas de governo, com recursos repassados de fundo a fundo, com correção e aumento real dos valores; a destinação de no mínimo 10% do orçamento da Seguridade Social para os serviços socioassistenciais; ampliação do Benefício de Prestação Continuada (BPC); entre outros", diz trecho da nota.

Em breve o CFESS divulgará o resultado do processo eleitoral.

Leia a nota completa "Por que o CFESS está disputando uma vaga no CNAS?"

Fonte: Conselho Federal de Serviço Social - CFESS

VIJ realiza Seminário no Dia Nacional da Adoção, 25 de maio


A 1ª Vara da Infância e da Juventude (1ª VIJ) realiza no dia 25 de maio o seminário “Adoção no Contexto Psicossocial e Judicial”.  Entre os palestrantes estão juízes, promotores de justiça, psicólogos e assistentes sociais. As inscrições são gratuitas e devem ser realizadas pelo e-mail sefam.vij@tjdft.jus.br. O evento tem vagas limitadas e será no auditório da 1ª VIJ, localizada na SGAN 909, das 8h às 17h30. Os participantes terão direito a certificado.

Tendo em vista o Dia Nacional da Adoção, comemorado em 25 de maio, a proposta do seminário é discutir questões relativas ao direito à convivência familiar e comunitária, bem como fazer um diagnóstico da situação atual das crianças e adolescentes em acolhimento institucional e do cadastramento para adoção no Distrito Federal, incluindo todos os atores do Sistema de Justiça, visando à análise do real cumprimento do Estatuto da Criança e do Adolescente.

O seminário é voltado para juízes, promotores e defensores públicos da infância e da juventude, equipes psicossociais da 1ª Vara da Infância e da Juventude, do Ministério Público e das instituições de acolhimento, servidores da Comissão Distrital Judiciária de Adoção, pessoas habilitadas ou habilitandas para adoção, estudantes de graduação e pós-graduação das áreas de Psicologia, Direito e Serviço Social.

Fonte: TJDFT. 

segunda-feira, 7 de maio de 2012

X Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva

Sob o tema central “Saúde é Desenvolvimento: Ciência para a Cidadania”, o X Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva reunirá docentes, pesquisadores, gestores, profissionais de saúde, movimentos sociais, lideranças da Saúde Coletiva e todos aqueles interessados no debate, reflexão e enfrentamento dos desafios teóricos e práticos do campo.

A metodologia e o processo de construção do ABRASCÃO 2012 fortalecem a participação plural, interdisciplinar e transetorial que caracteriza a Saúde Coletiva. A programação científica privilegia os trabalhos inscritos no Congresso e as propostas de atividades das Comissões, Grupos Temáticos e Fóruns da Associação Brasileira de Saúde Coletiva.

Contudo, para o sucesso deste esforço também se somam instituições e entidades locais, nacionais e internacionais, acadêmicas e de pesquisas, governamentais e não governamentais, da gestão e de movimentos sociais com a perspectiva de participação, de cooperação técnica e de colaboração intersetorial.

As Comissões Nacionais e Locais de Organização e Científica estão compostas por um amplo conjunto de associados e apoiadores, que serão responsáveis pela avaliação e seleção dos trabalhos inscritos, da estruturação da programação científica e estrutura logística para o melhor desenvolvimento deste evento.

Em 2012, além das atividades nos dias 12 e 13 de novembro, que acontecerão em diferentes municípios, no dia 14 de novembro ocorrerá o III Mini-congresso de reorganização e revisão de Estatuto da Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva e uma Assembléia Geral Extraordinária. No dia 15 de novembro, serão realizados os cursos, as oficinas e a solenidade de abertura oficial do Congresso.

De 16 a 18 de novembro de 2012 se desenvolverão as Conferências, Mesas Redondas, Grandes Debates, Painéis, Palestras e a apresentação de trabalhos nas modalidades: Comunicações Coordenadas e Pôsteres Eletrônicos, incluindo intervenções criativas. Parte das Comunicações Coordenadas está destinada exclusivamente para a ABRASCO Jovem, facilitando a divulgação da produção científica e o intercâmbio de alunos dos Cursos de Graduação e Pós-Graduação em Saúde Coletiva.

A programação cultural se insere no contexto da programação científica, incluindo suas inovações, com o objetivo de propiciar a todos os participantes um excelente Congresso, com muito proveito social, cultural e acadêmico.

TEMÁTICAS

· Abordagens e métodos de pesquisa em Saúde Coletiva
· Acessibilidade e equidade em saúde
· Agravos psicossociais e vulnerabilidades
· Atenção a doenças e agravos específicos
· Atenção a grupos populacionais específicos
· Avaliação de políticas, programas e serviços
· Avaliação e incorporação de tecnologias de saúde
· Bioética
· Biotecnologia e nanotecnologia
· Complexidade, determinação social e desigualdades em saúde
· Complexo Industrial da Saúde
· Conhecimento, poder e emancipação
· Controle público da gestão em saúde
· Controle social e participação popular
· Desenvolvimento das tecnociências em saúde
· Diversidade, cultura, arte e saúde
· Economia da saúde
· Educação popular em saúde
· Etnia, raça e saúde
· Federalismo, regionalização e sistema de saúde
· Gênero e saúde
· Gestão do trabalho e da educação em saúde
· Grandes endemias e doenças negligenciadas
· Informação e comunicação em saúde
· Inovação e tecnologia em saúde
· Integralidade da atenção à saúde
· Intersetorialidade
· Judicialização e saúde
· Legislação e saúde
· Medicamentos e imunizantes na política pública de saúde
· Mudanças demográficas, nutricionais e epidemiológicas
· Necessidades, demandas, acesso/acessibilidade e utilização de serviços
· Poder, democracia e movimentos sociais
· Políticas de regulação e vigilâncias da saúde
· Populações, migrações e territórios
· Produção, ambiente e saúde
· Promoção e vigilâncias da saúde
· Qualidade e segurança de serviços e sistemas da atenção
· Redes de atenção à saúde
· Reestruturação do mundo do trabalho e saúde
· Saúde como direito e valor
· Saúde e ciclo vital
· Saúde e qualidade de vida
· Saúde internacional
· Saúde, desenvolvimento econômico e qualidade de vida
· Sistemas de proteção social


PRAZO PARA ENVIO DE RESUMO:15/06/2012


INFORMAÇÕES:

http://www.saudecoletiva2012.com.br/home.asp

Conferência internacional debate direitos dos idosos


Os avanços obtidos em políticas públicas voltadas para a população idosa serão avaliados na III Conferência Regional Intergovernamental sobre Envelhecimento na América Latina e no Caribe, da qual o Brasil participa, esta semana, representado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). O encontro será em São José, na Costa Rica, de terça (8) a sexta-feira (11). Estados membros e associados da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) estarão presentes.

Como representante do MDS na conferência, a coordenadora-geral de Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos do Departamento de Proteção Social Básica, Adriana da Silva Pereira, explica que, nos últimos anos, o governo brasileiro tem promovido grandes avanços institucionais e nas políticas públicas voltadas à promoção dos direitos humanos das pessoas idosas.

O Brasil vem implementando as recomendações do Plano de Ação Internacional do Envelhecimento, resultado da II Assembleia Mundial da Organização das Nações Unidas sobre o Envelhecimento, ocorrida em Madri, em 2002, informa o MDS. Além disso, em 2007, Brasília sediou a II Conferência Regional Intergovernamental sobre o Envelhecimento na América Latina e no Caribe, tendo como tema uma sociedade para todas as idades e de proteção social baseada em direitos (Madrid+5). A conferência resultou na Declaração de Brasília, que recomendou o início de um diálogo abrangente rumo à construção de uma nova convenção da ONU voltada à proteção dos direitos da pessoa idosa.

De acordo com o MDS, a população jovem está diminuindo proporcionalmente, enquanto aumentam a proporção e o número absoluto de idosos. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2009 revelam que os idosos são cerca de 21 milhões no Brasil, correspondendo a 11,3% do total da população. Desses, 16,5 milhões vivem em área urbana e 3,4 milhões no meio rural. De acordo com a Síntese de Indicadores Sociais do IBGE de 2010, 56% da população acima de 60 anos são mulheres.

Thaís Ribeiro
Ascom/MDS
3433-1021
www.mds.gov.br/saladeimprensa

O Orçamento Participativo (OPDF) para o biênio 2012/2013 do DF terá votação pela internet

O Orçamento Participativo (OPDF) para o biênio 2012/2013 já contou com a colaboração de mais de 3 mil cidadãos. Eles compareceram a uma das plenárias de base realizadas pelas Administrações Regionais e priorizaram, até o final de abril, 146 propostas. As plenárias, iniciadas em março, acontecem até o final deste mês. Nelas, os cidadãos maiores de 16 anos podem apresentar prioridades e eleger os delegados, que irão representar a população no Fórum de sua respectiva Região Administrativa.

O OPDF é um programa implantado pelo atual governo para planejar e priorizar as demandas de cada Região Administrativa do Distrito Federal (DF). Trata-se de um canal direto de comunicação entre o governo e a sociedade para conciliar as necessidades da população com os recursos disponíveis. Dentre as RA’S que já realizaram plenárias estão Ceilândia, Brasília, Vicente Pires e Sobradinho I.

As plenárias têm como objetivo apresentar as prioridades e eleger os delegados, que irão representar a população no Fórum da Região administrativa. As 21 RAs que já realizaram as reuniões elegeram 295 delegados efetivos e 92 delegados suplentes.

Esse ano, o OPDF para o biênio 2012/2013 traz uma inovação: a votação pela internet. Com ela, a Região Administrativa irá selecionar duas prioridades e cada pessoa que votar poderá escolher três propostas. Essas poderão ser de sua  RA ou de outras localidades. Para votar, basta acessar o site do OPDF (www.orcamentoparticipativo.df.gov.br).

De acordo com o coordenador do OPDF da Secretaria de Planejamento e Orçamento (Seplan), Alexandre Paranhos,  as propostas online permitem mais comodidade e interatividade com a população. “A ideia é ampliar a participação da população, que está motivada por ver a realização de algumas das prioridades destacadas”, ressaltou Paranhos.

Entre as propostas apresentadas em 2011 e incluídas no Orçamento de 2012 já foram finalizadas: iluminação pública em Samambaia, Posto de Saúde em Vargem Bonita – Park Way, Baias de ônibus em Samambaia, implantação de calçadas no Sudoeste, recuperação de pavimentação no Jardim Botânico e instalação de semáforo em Brazlândia.

As próximas Regiões Administrativas a realizarem as Plenárias serão: Planaltina – RA VI na Vila Vicentina, Brazlândia – RA IV no Setor Norte, Gama – RA II na Casa grande  e Taguatinga RA III na QND, CND, QNE, CNE, QNF e CNF, que ocorrerá nesta segunda-feira (07/05) às 19:30. As reuniões irão até o dia 31 de maio.

O calendário está sujeito a alterações. Para acompanhá-lo acesse o site do Orçamento Participativo – www.orcamentoparticipativo.df.gov.br.

Fonte: Ascom/Seplan-DF

"Para entender o (sub)financiamento do SUS"

Os males do (sub)financiamento do SUS estão em um sistema tributário injusto e complexo, na necessidade de se rever a distribuição de competências entre estados, municípios e União, após a Constituição de 1988, e na “lógica financista” que pauta os investimentos do país. Some-se a isso o fato de o Brasil ser o único país com sistema universal de saúde em que o gasto privado é maior que o público. As conclusões partem do olhar de economistas e sanitaristas, que vêm buscando analisar, em estudos, artigos na imprensa e participação em seminários, onde está o nó da falta de recursos do sistema de saúde brasileiro. Share on facebook Share on twitter Share on email Share on print More Sharing Services 2 Matéria extraída da edição n. 116 da Revista Radis.   

Os males do (sub)financiamento do SUS estão em um sistema tributário injusto e complexo, na necessidade de se rever a distribuição de competências entre estados, municípios e União, após a Constituição de 1988, e na “lógica financista” que pauta os investimentos do país. Some-se a isso o fato de o Brasil ser o único país com sistema universal de saúde em que o gasto privado é maior que o público. As conclusões partem do olhar de economistas e sanitaristas, que vêm buscando analisar, em estudos, artigos na imprensa e participação em seminários, onde está o nó da falta de recursos do sistema de saúde brasileiro. Salvador Werneck, pesquisador do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), que vem estudando os aspectos econômicos do país desde que iniciou sua tese de doutorado — Desenvolvimento econômico e reformas institucionais no Brasil: considerações sobre a construção interrompida, defendida em 2007 na UFRJ —, observa que o sistema tributário brasileiro tem carga alta de impostos e má qualidade de serviços à população. Para ele, ainda, o sistema federativo brasileiro, no que diz respeito às relações entre estados, municípios, União e Distrito Federal, e, consequentemente, as fontes de recursos para atender a essas prerrogativas, precisa de “aperfeiçoamentos urgentes”. 

A estrutura federativa que compõe o país está na base da formação do SUS, explica Salvador, que participou de seminário sobre o financiamento do SUS no Rio de Janeiro em novembro de 2011 — algumas semanas antes da votação da Emenda Constitucional 29 (Radis 113, seção Toques), no calor dos debates a respeito da rejeição parlamentar ao novo imposto que seria criado para substituir a CPMF, com objetivo de conter a perda de verbas para a Saúde. Resgate social Especialista em sistemas de financiamento de políticas públicas e Seguridade Social, o economista observa que o SUS foi concebido em 1988 como essencialmente descentralizado, para assegurar um caráter democrático e permitir melhor controle social. “Predominava o sentimento de que democracia e descentralização deveriam estar associadas”, ressalta em sua tese de doutorado, que aponta, ainda, que a ideia, na época, era que o domínio dos recursos tributários pelos estados e municípios permitiria “o resgate social da parcela da população brasileira alijada dos ganhos do desenvolvimento no período militar”. O movimento idealizado naquele momento objetivaria, então, garantir a descentralização fiscal e criar recursos adicionais para atender à expansão das políticas sociais à totalidade da população, explica. Para ele, o resgate da dívida social ainda está longe de se dar e os governos não apresentam o quadro idealizado pelos constituintes. “Estados e municípios enfrentam dificuldades financeiras e não cumprem satisfatoriamente o papel que deles se esperava”. 

Crise na Federação 
Salvador Werneck considera o problema do financiamento do setor saúde apenas “mais um entre vários produtos de uma crise na Federação”. Ele explica que as decisões da Constituição de 1988 levaram o Governo Federal a reagir contra a perda de recursos e a promover a descentralização de encargos, ou seja, foram aumentadas as obrigações e atribuições de serviços dos estados e municípios. Os municípios ganharam atribuições, mas sua arrecadação de impostos não cresceu na mesma proporção. “Parece inegável o descompasso entre a maior responsabilidade e a capacidade financeira dos municípios no atendimento satisfatório das demandas sociais”, resume Salvador, apontando que o setor público brasileiro foi dotado de um grau de descentralização semelhante ao das economias avançadas, mas nestas o dinheiro dos impostos fica em sua maior parte nas unidades menores do território, enquanto no Brasil a União é a maior arrecadadora. 

Confusão de papéis
O autor menciona três causas, que, segundo ele, contribuíram para que não se configurasse plenamente a idealização da Constituição de 1988 de tornar os municípios entidades capazes de atender adequadamente às demandas por serviços sociais.Em primeiro lugar, o governo aprovou o Fundo Social de Emergência — a atual Desvinculação das Receitas da União (DRU) —, desvinculando 20% das receitas das transferências constitucionais. “Esse movimento, visto inicialmente como emergencial, ganhou caráter perene e contribuiu para ampliar o domínio federal sobre os recursos fiscais”, analisa. Em segundo lugar, o baixo crescimento da economia brasileira, que, nas décadas passadas, impediu que a receita fiscal própria dos municípios aumentasse mais do que o correspondente aos tributos próprios. Finalmente, as altas taxas de juros provocaram aumento do serviço da dívida e contribuíram para as dificuldades financeiras de municípios, sobretudo, as capitais e as unidades mais importantes economicamente, que tiveram maior acesso a operações de crédito. 

Se, por um lado, analisa Salvador, ocorreu o processo de descentralização fiscal, com os municípios assumindo maior peso no atendimento das demandas sociais e nos gastos totais, por outro, vários deles vivem em dificuldade financeira e não apresentam condições de responder adequadamente à demanda de serviços que recai sobre eles. Além da confusão de papéis entre os entes federados, Salvador aponta como problemas a carga tributária elevada, “verdadeiro cipoal de impostos altos, injustos e de difícil fiscalização”; a regressividade, isto é, quanto menos se ganha mais se paga, em proporção; a falta de contrapartida de prestação de serviços de alta qualidade em muitos setores; a alta complexidade do sistema; e a tendência a conflitos distributivos como “guerras fiscais”.  

‘Tragédia’ 
A aprovação da Emenda Constitucional 29 sem o comprometimento de a União participar com 10% da sua arrecadação para a Saúde (Radis 113) é vista como grande derrota por sanitaristas, entre eles Lígia Bahia, vice-presidente da Abrasco, presente ao seminário de novembro, que levantou as questões federativas e tributárias como essenciais ao debate da Saúde. Ela considerou uma “tragédia” a manutenção da indexação da despesa da União com a Saúde pela variação do PIB do ano anterior. “Houve derrota de todos que defendem o SUS. Como priorizar a saúde sem ser prioridade orçamentária de fato?”, questionou ela depois, em entrevista ao jornal O Globo (30/01, íntegra na seção Radis na Rede, do site do RADIS). Lígia aponta um aspecto positivo do texto aprovado: “Foi bom terem definido o que são gastos com Saúde”, considerou, referindo-se ao trecho que objetiva impedir que se considerem gastos com merenda escolar, saneamento, coleta de lixo e restaurantes populares como gastos com saúde. A questão é que a aprovação da EC 29 tal como ocorreu equivale na prática a dizer que a União, só aumentará o que gasta com saúde na mesma proporção que houver crescimento econômico. O gasto relativo, portanto, não aumentará. 

Reportagem publicada em O Estadode S. Paulo informa que o gasto público em Saúde do país é 41,6% do gasto total. Essa participação é considerada baixa se comparada à de outros países como os da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Neles, a participação das fontes públicas no financiamento do sistema representa cerca de 70% da despesa total, variando de 67,5% na Austrália a 84,1% na Noruega. Sergio Piola, coordenador da área de Saúde do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), resumiu o problema em declaração recente na imprensa: “O Brasil é o único país com sistema universal de saúde onde o gasto privado é maior que o público. É muito pouco para o país ter, efetivamente, um sistema de cobertura universal e atendimento integral”. Falácia O Brasil, conforme estima o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tem um dispêndio total em saúde (público e privado) equivalente a 8,4% do PIB, percentual baixo quando comparado ao dos Estados Unidos (15,47%), mas próximo ao de outros países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), como o Reino Unido (8,4%), Espanha (8,5%), Canadá (10,1%) e Austrália (8,9%), que também possuem sistemas universais. 

Sérgio Piola diz que é falácia a crítica contra a má gestão dos recursos do SUS como maior responsável pela baixa qualidade dos serviços. Para ele, a melhoria do gasto público deve ser um esforço permanente de todos os gestores, mas até para resolver alguns problemas de gestão seriam necessários mais recursos. A diferença de oferta de serviços entre as regiões brasileiras, por exemplo, para ele só se resolveria com mais investimentos. “A população que depende do SUS no Sul e no Sudeste recebe muito mais serviços que os moradores do Norte e do Nordeste”, considerou. O professor do Instituto de Economia da Unicamp Luiz Gonzaga Belluzzo apontou, no mesmo seminário em que Werneck abordou o sistema tributário, as razões pelas quais, a seu ver, a lógica econômica fundamenta a opção política por uma desconstrução do sentido original do SUS. Segundo ele, o governo vem tomando decisões que mostram a preponderância da lógica financista, posta em patamar acima das reais necessidades do cidadão. 

Belluzzo analisou a conjuntura política e econômica da crise mundial, especialmente desde o estouro da bolha imobiliária nos EUA e a falência de grandes bancos até o momento crítico vivido hoje pela Europa. Para Belluzzo, vivemos “um ponto de mudança”. Ele considera que “regredimos na questão pública, do investimento público”. E observa: “As pessoas estão percebendo que não são os economistas que vão dizer como deve ser daqui para frente, porque eles não foram capazes de predizer a crise que estava para acontecer, debaixo dos seus narizes”. A universalidade do SUS é ponto-chave na solução de todo esse impasse, afirma. “Política só para os pobres é uma política pobre”.   

Autor: Elisa Batalha - Revista Radis