segunda-feira, 5 de março de 2012

DF renova pacto nacional de combate à violência contra a mulher


O Distrito Federal renovou hoje (5/3) o pacto nacional de combate à violência contra a mulher. Na cerimônia, a ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, Eleonora Menicucci, disse ser inadmissível que mulheres continuem apanhando de seus companheiros. 

“As políticas são efetivas, mas ainda não existe uma mudança de mentalidade, sobretudo entre os homens, o que significa bater em mulher e o que significa não bater em mulher”, disse a ministra. “É inadmissível que haja mulher que apanhe do marido, namorado ou companheiro”.Com a renovação do acordo por mais quatro anos, a secretaria irá repassar R$ 2,5 milhões ao governo distrital para o atendimento às vítimas de violência doméstica. 

Atualmente, o Distrito Federal tem 31 postos de atendimento à mulher em delegacias e um abrigo para acolhimento.O governador Agnelo Queiroz anunciou que as denúncias poderão ser feitas em postos policiais instalados dentro de hospitais. Além disso, as mulheres poderão denunciar as agressões por meio do telefone 156, central de atendimento gratuita que fornece informações sobre serviços prestados pelo governo, como matrícula em escolas públicas. A central vai funcionar 24 horas por dia.

O Distrito Federal ocupa o sétimo lugar no ranking nacional de assassinatos de mulheres. A cada ano, cerca de 4 mil mulheres são assassinadas no Brasil, conforme o Mapa da Violência de 2012, produzido pela organização não governamental Instituto Sangari.


http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2012/03/05/interna_cidadesdf,292074/df-renova-pacto-nacional-de-combate-a-violencia-contra-a-mulher.shtml



Titular da Secretaria da Mulher detalha a programação do Março Mundo Mulher e faz o balanço do primeiro ano à frente da pasta

O desenvolvimento de políticas públicas para as mulheres é um dos desafios da atual gestão do Governo do Distrito Federal. Para dar mais força às discussões sobre o tema, há mais de um ano foi criada a Secretaria da Mulher do DF. A pasta conseguiu, por meio de articulação com os demais órgãos do GDF, colocar a questão de gênero no centro dos debates. Neste mês em que é celebrado o Dia Internacional da Mulher, 8 de março, organiza eventos em todo o DF. À frente da Secretaria está a doutora em Políticas Públicas pela Universidade de Brasília (UnB), Olgamir Amancia Ferreira. Ela foi fundadora da União Brasileira de Mulheres, em 1988, onde começou sua militância nas questões de gênero e faz aniversário justamente no Dia Internacional da Mulher. 

Em entrevista à AGÊNCIA BRASÍLIA, Olgamir lista os avanços da pasta no primeiro ano e detalha os próximos desafios. 

Como serão as comemorações do Dia Internacional da Mulher no DF?
Desde o ano passado, estamos trabalhando com a ideia do programa Março Mundo Mulher. Ou seja, as comemorações do Dia da Mulher vão além de 8 de março e se estenderão por todo o mês. A agenda do programa começou oficialmente em 29 de fevereiro, com o lançamento do Programa Mulheres na Construção, que pretende qualificar mulheres para a inserção no mercado de trabalho, e só termina em 31 de março, com a realização do Março Mundo Mulher em Ceilândia. Lá serão oferecidas diversas atrações e serviços voltados para o universo feminino. 

Toda a programação do evento estará disponível no sítiowww.mulher.df.gov.br 

A Secretaria da Mulher do DF completou um ano em janeiro. Qual o balanço que a senhora faz da gestão?
Os avanços foram muitos. Só a criação da pasta representou um grande passo. Além disso, a articulação com outras secretarias garantiu que ampliássemos os atendimentos. No caso da Casa Abrigo, por exemplo, alugamos um novo espaço que atende mais de 50 pessoas, com área de lazer e terapia ocupacional. Qualificamos também os Núcleos de Atendimento às Vítimas de Violência Doméstica e nos tornamos referência no Brasil. Somos a única unidade da federação a dar atendimento às vítimas e aos agressores. A ideia foi do governador Agnelo Queiroz, e os resultados são positivos. É muito grande o número de agressores que mudaram sua visão sobre a violência e aprenderam a lidar com conflitos sem ter que resolvê-los na violência.

Entrevista completa: http://www.agenciabrasilia.df.gov.br/042/04299003.asp?ttCD_CHAVE=165182

Fonte: Evelin Campos e Isabel Freitas, da Agência Brasília

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