quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

CNS debate Saúde Integral da Mulher

A última Reunião Ordinária de 2011 do Conselho Nacional de Saúde (CNS) trouxe para o debate um tema importante e há muito tempo esperado pelo Plenário: Saúde Integral da Mulher. Para tratar do balanço do mês na Saúde Integral da Mulher participaram Maria Esther Albuquerque Vilela, coordenadora da Área Técnica de Saúde da Mulher do Ministério da Saúde (SAS/MS), Maria do Espírito Santo Tavares dos Santos (Santinha), coordenadora da Comissão Intersetorial de Saúde da Mulher (Cismu) e Jurema Werneck, da Mesa Diretoria do CNS, a quem coube a coordenação desta mesa.

A conselheira Maria do Espírito Santo iniciou sua apresentação ressaltando a importância do tema ter sido pautado. Para ela, “um programa que atende à 50,77% da população brasileira; ou seja, metade da população, não é um tema qualquer, é um assunto importantíssimo”. Além disso, garante, “as mulheres são efetivamente as maiores usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS).

De acordo com Santinha, mesmo em pleno Século XXI, com todos os avanços da tecnologia, “milhares de mulheres continuam morrendo no parto, por motivo de violência doméstica e abortos ilegais”. Este último tema, na avaliação de Maria do Espírito Santo, “ainda é apontado como a 3ª causa de morte da mulher brasileira”. Para conselheira, o tema do aborto legal deve ser de fato, enfrentado, pois dados recentes demonstram que “cerca de 1 milhão e 300 trezentas mulheres submetem-se a este procedimento anualmente”.

Em relação ao Rede Cegonha, Santinha analisa que o programa em essência tem seu o foco no planejamento reprodutivo e, isso portanto, atende perfeitamente às especificidades e peculiaridades da mulher em sua integralidade. Entretanto, alerta, ainda há o que ser aperfeiçoado, em especial no que diz respeito à necessidade de qualificar os profissionais para este público. Maria Esther Albuquerque Vilela, coordenadora da Área Técnica de Saúde da Mulher, ressaltou a importância de “construir uma estratégia e criar dispositivos melhores para que as mulheres possam ser atendidas de forma integral”.

Em consonância com a conselheira Santinha, coordenadora Maria Esther, da Área Técnica de Saúde da Mulher, fez questão de registrar que “a morte materna é inaceitável e incompatível com o nível de desenvolvimento do nosso país”. Para coordenadora, “essas mortes representam o descaso com o corpo da mulher”.A coordenadora Maria Esther aponta uma iniciativa que pode fazer uma grande diferença para as mulheres brasileiras: o teste rápido de gravidez. Na avaliação da coordenadora, “o teste rápido de gravidez poderá ser um importante dispositivo para evitar uma situação de aborto inseguro”. “Investir na melhoria da qualidade obstétrica é colocar em prática os bons exemplos à melhoria dos cuidados na saúde dos cidadãos”, finaliza.

Ao fim, a conselheira Santinha sugeriu a elaboração, aprovada por unanimidade, de uma Moção de Apoio e Reconhecimento pelos debates que ocorreram na 3ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, que aconteceu em Brasília, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães entre o dia 12/12 e 15/12.

O Pleno do CNS também acordou como encaminhamentos, pautar para as próximas reuniões os temas: cesariana e HPV; ampliar os temas pertinentes à Atenção Integral; criar um Grupo de Trabalho para discutir a situação nas prisões de São Paulo: mulheres prisioneiras dando a luz algemadas; e por fim a elaboração do Seminário Nacional sobre a Saúde Integral da Mulher, com indicativo para ser realizado no início de 2012, no mês de março.


Fonte: http://conselho.saude.gov.br/ultimas_noticias/2011/14_dez_saude_integral_mulher.html



Maiores Informações sobre o II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres aprovado na 3ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres:


http://www.conferenciadasmulheres.com.br/arquivosConferencias/IIPlanoNacional_Integra.pdf


http://www.conferenciadasmulheres.com.br


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