A população brasileira reconhece que os investimentos do governo federal na redução da pobreza produziram bons resultados. Porém, ela aponta desafios a serem superados, sobretudo nas áreas de saúde, educação e geração de empregos. Esta é a análise do secretário de Avaliação e Gestão da Informação do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Paulo Jannuzzi, sobre o Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS): Assistência Social - percepção sobre a pobreza: causas e soluções, divulgado nessa quarta-feira (21) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Para o Ipea, isso reflete a ação do governo nos últimos anos, que conseguiu reduzir a pobreza e as desigualdades por meio do aumento do poder aquisitivo do assalariado e dos programas sociais. Jannuzzi diz que essa também é a visão do MDS, comprovada por estudos feitos pelo próprio Ipea, pela Fundação Getúlio Vargas e várias universidades, com base em dados objetivos sobre renda, indicadores de desnutrição e de mortalidade. “Todos eles apontam que houve uma melhora muito significativa, nos últimos cinco a dez anos, com relação à erradicação da pobreza e da fome.” Uma recente pesquisa, feita pelo MDS em 2010, revelou que 55% da população identifica a redução da pobreza, acrescenta o secretário.
Ações – Outro dado revelado pelo SIPS é a importância da educação e da geração de emprego como formas de superar a pobreza. Segundo Jannuzzi, essa opinião vai ao encontro dos eixos de ação do Plano Brasil Sem Miséria, que tem investido muito na capacitação profissional e na inclusão produtiva da população mais pobre. “Esses números mostram exatamente um segundo momento nesse processo de superação da pobreza, que é o desafio do MDS nos próximos anos”, observa o secretário. “A população já reconhece que existe uma parcela significativa de brasileiros cobertos pelo Programa Bolsa Famíla, pelo Benefício de Prestação Continuada, pela aposentadoria rural - todos mecanismos de transferência de renda para a população de baixa renda. Para além desse esforço, é preciso focar na oferta de cursos de qualificação e oportunidades de inclusão produtiva para essa população.”
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