A liberiana Leymah Gbowee é a mais nova agraciada pelo Prêmio Nobel da Paz. O título, recebido na última sexta-feira, 14, foi merecido.
Mãe de seis filhos, a assistente social dedicou anos de luta em defesa dos direitos da mulher. Desde 1989, a Libéria passava por uma complexa guerra civil. Em 2002, com o intuito de contribuir para o fim do conflito, Leymah incentivou mulheres a realizarem “greves do sexo”. Muçulmanas e cristãs aderiram ao movimento: enquanto seus parceiros não cessassem os combates, elas não manteriam relações sexuais com eles. O governo passou a negociar com os rebeldes e a guerra chegou ao fim no próximo ano. Leymah também foi importante na luta pela desmilitarização do país e na eleição de sua futura presidente, Ellen Johnson-Sirleaf.
Desde 2006, Leymah é diretora-executiva da Rede Paz e Segurança - África. A organização trabalha com mulheres na Libéria, Costa do Marfim, Nigéria e Serra Leoa para gerar transformações positivas através do ativismo pela paz, educação e política eleitoral.
Em 111 anos de premiação, apenas 12 mulheres receberam o título. A edição de 2011 é responsável por três desses títulos. Além de Leymah Gbowee, foram agraciadas a presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf e a jornalista e ativista do Iêmen, Tawakkul Karman. Leymah é a segunda assistente social a receber o título. A primeira foi a norte-americana Jane Addams, que recebeu o prêmio em 1931.
Fonte BBC Brasil
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