segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Em comemoração ao dia Internacional da Saúde do Idoso, Ministério lança medidas para melhorar o atendimento à população idosa

Em comemoração ao Dia Nacional e Internacional da Saúde do Idoso (1º de outubro), o Ministério da Saúde lança, em parceria com o Laboratório de Informações em Saúde, da Fiocruz, uma ferramenta que irá fornecer aos gestores e profissionais desaúde informações e indicadores que auxiliem na tomada de decisões e no planejamento de ações voltadas à população idosa. O Sistema de Indicadores de Saúde e Acompanhamento de Políticas do Idoso (SISAP-Idoso) será oficialmente lançado durante o seminário “Relevância da informação para a construção e efetivação de política pública de saúde do idoso", que será realizado na segunda-feira (03), no campus da Fiocruz em Manguinhos (RJ).

Pelo SISAP-Idoso é possível fazer a consulta online dos indicadores, doenças, decretos, legislação, políticas públicas e programas que contemplam a saúde do idoso em todos os estados e municípios brasileiros. A ferramenta, também, possibilita sistematizar e acompanhar as políticas, programas e instrumentos de gestão, como o Pacto pela Vida, relacionados com a saúde do idoso, e estará disponível na página do MS. “Esse espaço será útil ao Ministério da Saúde, pois contará com todo tipo de informação sobre o idoso que servirá como base para auxiliar na formulação e planejamento de ações para a saúde do idoso”, afirma a coordenadora da área técnica de Saúde do Idoso, Luiza Machado.

A atualização do sistema também será realizada pelos municípios, que receberão treinamentos para abastecer a página. Luiza Machadoexplica que esta medida servirá para melhorar o atendimento. “Se no interior do Amazonas foi verificado uma doença que não está sob controle, ao colocarmos esta informação no sistema teremos condições de averiguar o que está acontecendo e solucionar o mais rápido possível o problema”, destaca a coordenadora.

ESTATÍSTICAS- O Brasil, hoje, apresenta um contingente de aproximadamente 21 milhões de idosos (pessoas com idade igual ou superior a 60 anos); em 2025 esse número passará para 32 milhões, quando o Brasil ocupará o sexto lugar no mundo em população idosa, e em 2050 o percentual de idosos será igual ou superior ao de crianças de 0 a 14 anos.

Existem diversos fatores que contribuem para a maior expectativa de vida e, consequentemente, para o aumento da população idosa. Esse segmento da sociedade tem crescido de forma rápida e dentro desse grupo, os denominados “mais idosos, muito idosos ou idosos em velhice avançada” acima de 80 anos, também vem aumentando proporcionalmente e de maneira mais acelerada, constituindo o segmento populacional que mais cresce nos últimos tempos, sendo hoje mais de 12% da população idosa.

O efeito entre a redução dos níveis de fecundidade e de mortalidade no Brasil tem produzido transformações no padrão etário da população, sobretudo a partir dos anos de 1980. O ganho sobre a mortalidade e, como consequência, o aumento da expectativa de vida, associam-se à relativa melhoria no acesso da população aos serviços de saúde, às campanhas nacionais de vacinação, aos avanços tecnológicos da medicina, ao aumento do nível de escolaridade e de educação, aos investimentos na infra-estrutura de saneamento básico, ao incentivo a medidas de prevenção das doenças e promoção da saúde, à percepção dos indivíduos com relação às enfermidades.

PLANO– Para estimular um envelhecimento ativo e saudávelentre a população brasileira, o Ministério da Saúde dispõe do Plano de Ações de Enfrentamento às Doenças Crônicas Não Transmissíveis, que propõe estratégias que visam fortalecer o envelhecimento ativo de forma saudável. Paragarantir que o envelhecimento seja uma experiência positiva, deve ser acompanhado de oportunidades contínuas de saúde, participação e segurança. As doenças crônicas não transmissíveis são as principais causas de óbitos no mundo, sendo responsáveis por elevado número de mortes prematuras e incapacidades. No Brasil, as DCNT se constituem no problema de saúde de maior magnitude, correspondendo a 72% das causas de mortes.

DIRETRIZES- A Área Técnica da Saúde do Idoso vem desenvolvendo ações estratégicas com base nas diretrizes contidas na Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa e nas metas propostas no Pacto pela Vida de 2006, objetivando promover o envelhecimento ativo e saudável, a realização de ações de atenção integral e integrada à saúde da pessoa idosa e de ações intersetoriais de fortalecimento da participação popular e de educação permanente, que serão descritas a seguir:

- Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa-

- Caderno de Atenção Básica Envelhecimento e Saúde da Pessoa Idosa – Nº 19 – distribuídos para os profissionais da rede;

- Curso de Aperfeiçoamento em Envelhecimento e Saúde da Pessoa Idosa, na modalidade a distancia – visa à capacitação de profissionais de saúde da rede;

- Oficinas Estaduais de Prevenção da Osteoporose, Quedas e Fraturas em Pessoas Idosas, com o objetivo de sensibilizar e capacitar os profissionais de nível superior, preferencialmente aqueles que atuam na Atenção Primária;

- Oficinas de Prevenção da Violência contra a pessoa idosa com o objetivo de sensibilizar e capacitar os profissionais de saúde na identificação das pessoas idosas vítimas de maus-tratos e violência;

- Distribuição de Material Educativo;

Fonte: Por Tinna Oliveira e Neyfla Garcia, da Agência Saúde - (61) 3315-6249 / 3315-3174


Central Judicial do Idoso lança cartilha que orienta idosos sobre seus direitos

Em comemoração ao dia nacional das pessoas com 60 anos ou mais, a Central de Apoio Judicial do TJDFT lança publicação que reúne as garantias legais desse segmento. Amparados pelo Estatuto do Idoso, as pessoas nessa faixa etária têm assegurada uma série de garantias. No entanto, o que se vê é o descumprimento da legislação em virtude do descaso da sociedade e da ausência de políticas públicas voltadas para esse segmento.

Nas 60 páginas do livreto, o idoso poderá tirar dúvidas sobre quais núcleos do Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT), Ministério Público do DF e Território (MPDFT) e Defensoria Pública — órgãos que estão à frente da iniciativa — deverá procurar. Endereço da central, telefones dos núcleos e sites também podem ser consultados no material.

Criada há quatro anos, a Central de Apoio Judicial aos Idosos (Caji) do DF presta toda a assistência necessária para as pessoas idosas. Orientá-las e preveni-las de situações de violência, por meio de ações educativas, e analisar as situações de negligência, abandono, exploração ou qualquer outro tipo de ação violenta para, em seguida, encaminhá-las a entidades competentes são alguns dos trabalhos oferecidos pela unidade. “Além da assistência na área jurídica, dispomos do atendimento social”, disse a defensora pública Paula Regina de Oliveira Ribeiro. Segundo ela, a iniciativa é pioneira no Brasil. “Somente aqui temos três grandes órgão centralizados para cuidar dos idosos”, acrescentou a coordenadora.

Fonte: Matéria publicada no Correio Braziliense no dia 01/10/2011

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